A recente declaração de apoio de Elon Musk ao partido de extrema-direita na Alemanha, a menos de dois meses das eleições antecipadas, gerou reações contundentes de lideranças políticas na Europa. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6), o porta-voz do governo alemão minimizou o impacto das opiniões do bilionário no país.
“As pessoas normais, as pessoas sensatas, as pessoas decentes são a grande maioria neste país. Agimos como se as declarações do Sr. Musk no Twitter pudessem influenciar um país de 84 milhões de pessoas com inverdades ou meias-verdades ou expressões de opinião. Isso simplesmente não é o caso”, afirmou o representante do primeiro-ministro Olaf Scholz.
A postura crítica em relação a Musk não ficou restrita à Alemanha. No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer também rebateu os ataques que vem recebendo do empresário na rede social X. Starmer classificou o comportamento de Musk como prejudicial ao debate público e acusou-o de espalhar desinformação.
“Aqueles que estão espalhando mentiras e desinformação o mais longe e amplamente possível não estão interessados nas vítimas, eles estão interessados em si mesmos”, declarou o líder britânico.
Na semana passada, Musk demonstrou apoio a apelos por uma investigação nacional sobre casos de estupro de meninas menores de idade, supostamente cometidos por homens de ascendência paquistanesa, durante o período em que Starmer chefiava o serviço de promotoria do governo. As declarações reacenderam debates sobre racismo e xenofobia no Reino Unido e colocaram Musk no centro de uma nova controvérsia política.


