O uso de repelentes é uma das principais formas de proteção contra doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. No entanto, muitas pessoas não sabem que, para que o repelente seja realmente eficaz, é necessário usá-lo da maneira correta. Um estudo recente revela que o uso inadequado do produto pode comprometer a proteção, colocando a saúde em risco.
Embora pareça simples, aplicar repelente de forma errada é mais comum do que se imagina. A quantidade, a frequência e os locais de aplicação são fatores cruciais para garantir a eficácia do produto. Especialistas alertam que muitas pessoas cometem erros que reduzem a eficiência do repelente e aumentam a vulnerabilidade a picadas de mosquitos.
A principal recomendação dos profissionais é aplicar o repelente em todas as áreas expostas da pele, sem exageros, mas com uma quantidade suficiente para cobrir completamente a região. Muitas vezes, as pessoas acabam aplicando uma quantidade muito pequena ou distribuindo de maneira irregular, o que compromete a proteção. Além disso, é importante prestar atenção à forma de aplicação. Os repelentes em spray, por exemplo, devem ser borrifados de forma uniforme e não devem ser inalados ou aplicados diretamente no rosto. No caso do rosto, a aplicação deve ser feita com as mãos, evitando os olhos e mucosas.
Outro erro comum é reaplicar o produto apenas quando já se percebe a picada do mosquito. Para uma proteção eficaz, é necessário reaplicar o repelente ao longo do dia, especialmente após transpiração excessiva, contato com a água ou se o produto tiver sido removido por algum motivo. O intervalo entre as reaplicações depende da concentração do ativo repelente, e essa informação geralmente está disponível no rótulo do produto.
Além disso, é importante escolher o repelente adequado para cada situação. Alguns produtos são mais eficazes contra determinados tipos de mosquitos, e a escolha errada pode diminuir a eficácia. Por exemplo, em áreas de risco de doenças como dengue e zika, é recomendado usar repelentes com maior concentração de DEET ou icaridina, substâncias que têm maior eficácia contra os mosquitos transmissores dessas doenças.
Outra recomendação importante é não aplicar repelente em áreas que já estão cobertas por protetor solar. O protetor pode reduzir a eficácia do repelente, fazendo com que a proteção contra os mosquitos diminua. Para evitar esse problema, é indicado aplicar primeiro o protetor solar, esperar alguns minutos para que ele seja absorvido pela pele, e só depois aplicar o repelente.
Ainda, a aplicação em crianças requer atenção redobrada. Os repelentes vendidos para adultos não são indicados para os pequenos, e a dosagem deve ser reduzida. Além disso, nunca se deve aplicar repelente nas mãos de crianças, pois elas podem levar as mãos ao rosto ou boca e ingerir o produto acidentalmente.
Embora o repelente seja uma excelente ferramenta de prevenção, ele não substitui outras medidas importantes, como o uso de roupas adequadas, telas de proteção e o controle de focos de mosquitos. Manter o ambiente livre de criadouros de mosquitos, como água parada em vasos, pneus e outros recipientes, também é fundamental para evitar a proliferação de doenças.
Portanto, para garantir que o repelente seja eficaz, é essencial usá-lo corretamente, seguindo todas as orientações dos profissionais de saúde e as instruções no rótulo do produto. Dessa forma, é possível se proteger adequadamente contra as doenças transmitidas por mosquitos e aproveitar o verão e outras atividades ao ar livre com mais segurança.


