Nos últimos anos, os suplementos de colágeno ganharam as prateleiras das farmácias e o feed das redes sociais com promessas tentadoras: pele firme, unhas fortes, cabelos brilhosos e até articulações mais saudáveis. Mas será que o colágeno em pó, cápsulas ou bebidas funciona mesmo ou tudo não passa de marketing?
Especialistas ouvidos pelo portal alertam: os resultados existem, mas não são milagrosos e nem servem para todo mundo. “O colágeno é uma proteína essencial para a estrutura da pele. No entanto, quando ingerido, ele precisa ser absorvido e metabolizado corretamente pelo organismo, o que nem sempre acontece de forma eficiente”, explica a dermatologista Dra. Thaís Moreno.
A partir dos 25 anos, a produção natural de colágeno começa a diminuir, o que motiva muitos a buscarem suplementos como forma de prevenção ao envelhecimento precoce. Mas a eficácia depende de diversos fatores como alimentação, estilo de vida, exposição solar e até genética. “Não adianta tomar colágeno e continuar fumando, dormindo mal ou se alimentando mal. Ele pode ser um aliado, mas não faz milagre sozinho”, reforça o nutrólogo Dr. Rafael Guedes.
Outro ponto importante é a escolha do produto. O mercado oferece diferentes tipos de colágeno, sendo o tipo hidrolisado (ou peptídeos de colágeno) o mais indicado para a absorção. Além disso, muitos suplementos vêm acompanhados de vitamina C, que ajuda na síntese da proteína pelo corpo.
Para os médicos, o segredo está no uso consciente e na orientação adequada. “O colágeno pode sim fazer parte de uma rotina de cuidados com a pele e saúde em geral, desde que inserido num contexto mais amplo, que envolva hábitos saudáveis e acompanhamento profissional”, afirma a biomédica esteta Dra. Juliana Salles.
Em resumo, o colágeno não é uma farsa mas também não é uma fórmula mágica. A beleza e a saúde da pele continuam sendo reflexo de um conjunto de escolhas e cuidados diários, e não de um único produto.


