O uso da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, segue em alta nos consultórios de estética. Mas, ao contrário de anos atrás, quando rostos completamente paralisados viraram moda, hoje o desejo é outro: resultados naturais, que preservem a expressão e respeitem a individualidade facial.
Para a cirurgiã-dentista e especialista em harmonização orofacial Dra. Ana Rios, o segredo para evitar o efeito congelado está em três pilares: técnica, bom senso e avaliação personalizada. “Botox não é sobre apagar quem você é. É sobre suavizar, equilibrar e valorizar o rosto sem exageros”, afirma.
A toxina botulínica age bloqueando temporariamente a contração muscular, o que reduz rugas e linhas de expressão especialmente na testa, entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos. Mas, segundo a Dra. Ana, quando mal aplicado ou usado em excesso, o botox pode comprometer a naturalidade do sorriso, da sobrancelha e até da fala.
“Um bom profissional entende a musculatura do rosto como um conjunto dinâmico e interligado. Não é só aplicar, é saber onde, quanto e por que aplicar”, explica a dentista, que defende abordagens mais conservadoras e personalizadas.
Outro ponto importante é a escuta: entender as queixas e expectativas do paciente antes de iniciar qualquer intervenção. “Nem todo mundo quer um rosto completamente liso. Muitas pessoas só querem parecer menos cansadas, mais leves, sem perder sua identidade.”
Além disso, a especialista destaca a importância de procurar profissionais qualificados e regulamentados, que ofereçam segurança e ética no atendimento.
A nova geração de pacientes quer mais do que juventude: quer autenticidade. E, com a técnica certa, o botox pode ser exatamente isso um recurso sutil, moderno e inteligente.
