O Japão acaba de alcançar um novo marco histórico: mais de 95 mil cidadãos com 100 anos ou mais. Os dados, divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do país, reforçam o título do Japão como a nação com a maior expectativa de vida do mundo e com a maior proporção de centenários por habitante.
Segundo o levantamento, atualmente são 95.526 pessoas com 100 anos ou mais um aumento expressivo em relação ao ano anterior. Desse total, cerca de 88% são mulheres, o que também confirma a tendência global de maior longevidade feminina.
O crescimento do número de centenários no Japão está diretamente ligado a uma combinação de fatores: alimentação balanceada rica em vegetais, peixes e chás; acesso universal à saúde; hábitos de vida ativos mesmo na terceira idade; e uma forte cultura de respeito aos idosos.
Além disso, programas públicos de prevenção e políticas de bem-estar social têm desempenhado papel fundamental na qualidade de vida da população mais velha. Muitos centenários japoneses seguem ativos, praticando atividades físicas leves, jardinagem, participando de atividades comunitárias e mantendo conexões sociais um dos pilares da chamada “vida longa com propósito”.
O caso japonês vem sendo estudado por especialistas de diversas partes do mundo como um modelo de envelhecimento saudável e sustentável. Regiões como Okinawa, conhecida como uma das “Zonas Azuis” do planeta (lugares com alta concentração de pessoas que vivem mais de 100 anos), continuam despertando o interesse de pesquisadores da área de saúde, nutrição e longevidade.
Com esse novo recorde, o Japão não apenas celebra a longevidade de seus cidadãos, mas também acende discussões sobre os desafios do envelhecimento populacional, como a sustentabilidade dos sistemas de previdência e a adaptação das cidades para uma população cada vez mais idosa. Ainda assim, o país segue como uma referência global em envelhecimento saudável.


