Nascida no sertão da Paraíba, a Dra. Bianca Rodrigues é um exemplo de como determinação, fé e propósito podem transformar realidades. Desde muito jovem, enfrentou obstáculos que fariam muitos desistirem — mas, para ela, desistir nunca foi uma opção. Inspirada pelo exemplo da mãe batalhadora, seguiu firme até se formar em Odontologia, mesmo em meio às incertezas da pandemia.
Ao longo de sua trajetória, Bianca descobriu sua verdadeira vocação na harmonização facial e se especializou com os melhores nomes da área, no Brasil e no exterior. A experiência internacional com estudos em cadáveres frescos nos Estados Unidos foi um divisor de águas em sua carreira, abrindo portas, trazendo autoridade e elevando ainda mais a qualidade dos resultados que entrega.
Hoje, reconhecida como a “Doutora dos Estados Unidos”, ela comanda sua própria clínica com excelência, empatia e uma visão de negócios que inspira outras profissionais da saúde estética. Nesta entrevista exclusiva à Pulsar Brasil, Dra. Bianca compartilha os bastidores da sua história, os desafios superados, os valores que carrega e os conselhos para mulheres que sonham em transformar suas vidas com coragem e propósito.
Sua história começa no sertão da Paraíba, enfrentando muitos desafios até se formar em odontologia. Qual foi o momento mais decisivo que te fez persistir, mesmo diante das dificuldades?
Desistir nunca foi uma opção. Desde muito cedo sempre vi minha mãe trabalhando muito e correndo atrás para dar o melhor para as filhas, então ter esse exemplo dentro de casa, mesmo diante de tantas dificuldades, me fez enxergar que tudo dá certo para quem não desiste.
Durante a graduação, a cada atendimento realizado eu sentia que eu tinha um propósito a cumprir com essa profissão, e foi quando estava estagiando no Hospital de trauma que recebi um paciente com o nariz fraturado que senti algo diferente. O bucomaxilo responsável me permitiu realizar todo atendimento, e no final o paciente ficou realizado ao ver que seu nariz estava lindo, e o Dr. me falou com essas palavras: “Suas mãos são como as de uma cirurgiã plástica. Você vai fazer muita gente feliz”. Naquele momento eu soube que meu caminho seria na cirurgia estética, e que independente de qualquer coisa, eu iria honrar meu o meu propósito, e o legado da minha mãe.

Você se formou durante a pandemia, um período crítico para todos. Como foi iniciar sua carreira como dentista em um cenário tão desafiador?
Eu já sabia que seria um desafio devido a realidade que estávamos vivendo na época, mas na verdade, foi um pouco frustrante. Eu idealizava que a odontologia ia transformar a vida dos meus pacientes e a minha também. Porém ao me deparar com o mercado de trabalho desvalorizado, clínicas populares trabalhando de forma que eu julgo errado, não estavam compatíveis com a minha ética profissional.
Eu sabia da minha competência e que os locais onde eu estava trabalhando eram temporários. Nessa sede de querer melhorar e evoluir, foi que decidi investir em conhecimento de qualidade. Juntei todas as finanças que eu tinha na época e investi na Residência de Harmonização Facial. Busquei aprender com os melhores para aprimorar as minhas técnicas e a minha imagem pessoal, e naturalmente me apaixonei pela HOF.

O que te levou a perceber que a harmonização facial era seu verdadeiro caminho, mesmo tendo iniciado na odontologia clínica tradicional?
Eu sempre fui amante da cirurgia, desde o primeiro ano na faculdade já auxiliava as cirurgias nos hospitais da cidade e ficava encantada ao ver cada transformação. Quando me formei, eu queria realmente proporcionar uma transformação na vida do meu paciente, algo que eu não conseguia com a odontologia clínica tradicional. De início fiz cursos de bichectomia e lipo de papada, fui me apaixonando pela área, até que entrei na residência, e foi um amor à primeira vista. Ao ver a realização dos pacientes ao se olharem no espelho e se reconectarem com a sua essência, que por muitas vezes foi perdida com o passar dos anos, uniu o meu propósito e alinhou o que eu sempre sonhei. Mudar a vida das pessoas através do meu trabalho. Cada atendimento precisa de uma escuta ativa e humanizada, uma conexão entre paciente e profissional, e mais ainda entre a versão antiga e a nova do paciente, e é justamente esse tipo de transformação que a HOF proporciona, uma realização em todas as esferas.

Sua formação inclui experiências internacionais marcantes, como o curso em cadáveres frescos nos Estados Unidos. Como essa vivência impactou sua visão profissional e sua carreira no Brasil?
Essa experiencia internacional foi uma virada de chave na minha carreira. Na época que comecei a trabalhar na HOF, eu ainda não tinha minha clínica, então trabalhava em franquias para conseguir juntar o dinheiro e captar pacientes. Da mesma forma de quando trabalhei em clínicas populares, eu sabia do meu potencial e que aquele lugar não era o meu. Também sempre acreditei que a educação muda as nossas vidas, e pensando em melhorar não apenas as minhas habilidades, mas também a minha visão de negócios, investi na certificação internacional para estudar em cadáveres frescos e trazer técnicas inovadoras para os meus pacientes, e também para usufruir de um nível de um aprendizado, que até então, eu ainda não tinha acesso.
Esse curso me abriu muitas portas, pois no ano seguinte fui convidada para ser professora nos Estados Unidos, e pude levar várias profissionais Brasileiras para o exterior para também viverem esse sonho. Quando retornei ao Brasil, o consultório lotou de pacientes qualificados, me trouxe muita autoridade, as pessoas enxergaram a profissional dedicada e competente que sou, sem contar que o curso me fez elevar o nível dos resultados que entrego.

O marketing pessoal foi um divisor de águas na sua jornada. Quais estratégias você usou para se tornar uma referência na sua cidade e hoje ser reconhecida como a “doutora dos Estados Unidos”?
Inicialmente a estratégia da autoridade. Eu investi em tudo que pudesse fazer as pessoas enxergarem a imagem que eu queria passar. Eu não era apenas mais uma injetora, mas sim uma profissional que se dedica sempre a trazer o melhor para quem confia no meu trabalho, que tem domínio técnico e científico, que busca investir em conhecimento de qualidade no Brasil e no exterior, uma profissional humana, que entende a dor do paciente e sabe exatamente como ajudá-lo. Quando deixei isso claro nas minhas redes sociais, tudo mudou.
Hoje, a rino definitiva e o protocolo full face são os carros-chefe do seu consultório. Como você desenvolveu esses diferenciais e o que considera essencial para conquistar a confiança dos pacientes?
Com muito estudo e dedicação. Investi na minha educação, sempre buscando bons mentores para me guiar nessa jornada e melhorar minhas habilidades de forma geral. E essa sede de crescimento e evolução foi o que me fez chegar até aqui.
O que considero essencial para conquistar a confiança dos pacientes é o relacionamento. O vínculo que criamos gera conexão e amizade. Hoje minhas pacientes se sentem em casa, pois o nosso intuído é realmente ter essa conexão com elas, esse cuidado, elas fazem parte do nosso time de musas. Ser uma boa injetora e entregar bons resultados é a minha obrigação, mas a forma como as pacientes se sentem quando estão na nossa clínica, é o verdadeiro diferencial.
Em menos de cinco anos, você saiu de uma clínica pequena no shopping para sua própria clínica. Quais foram os maiores aprendizados nessa transição de funcionária para empreendedora?
O maior aprendizado foi ter coragem, independente da situação. As vezes achamos que o momento precisa estar perfeito ou ideal para poder agir, mas nunca é confortável. Crescer exige disciplina, planejamento e ação, e quando temos essa clareza no caminho, as decisões se tornam mais fáceis.
Ter noção de qual próximo passo dar na hora certa. Entender seu cenário atual e onde você quer chegar, para saber onde depositar energia, e também saber investir no que traz retorno. Muitos profissionais ainda não tem noção de gestão financeira, e esse é um pilar muito importante para ter um negócio lucrativo. E o mais desafiador de todos, saber liderar uma equipe. Sozinho a gente até consegue ir rápido, porém em equipe conseguimos crescer muito mais e de forma exponencial.
Para quem está começando na área da estética e sonha em trilhar um caminho de sucesso, como o seu, que conselho você daria especialmente para mulheres nordestinas que enfrentam os mesmos obstáculos que você superou?
Não se compare a ninguém. Por vezes as pessoas deixam de focar no próprio crescimento por se comparar a alguém que já está anos à frente no processo. Se comparar apenas te paralisa. Então, foco no autoconhecimento, procure entender qual é o seu maior problema hoje para tentar soluciona-lo o mais rápido possível.
O início de carreira é bem solitário e nos deparamos com o medo. Não existe atalhos, vai com medo mesmo, tome as decisões difíceis que precisam ser tomadas, invista em conhecimento de qualidade e busque mentores que te ajudem a acelerar esse processo, pois no final tudo vale a pena, e com Deus no caminho, não tem como dar errado.

Encerramos essa entrevista com a certeza de que histórias como a da Dra. Bianca Rodrigues precisam ser contadas, celebradas e replicadas.
Mais do que uma profissional talentosa, ela é a prova viva de que a origem não define o destino e sim a coragem de persistir, mesmo quando o caminho parece incerto. Sua trajetória, construída com esforço, ética e propósito, ilumina o caminho de outras mulheres, especialmente do Nordeste, que sonham alto e acreditam que é possível conquistar o mundo com as próprias mãos.
A Pulsar Brasil se orgulha em compartilhar essa jornada inspiradora, que ultrapassa a estética e toca profundamente o coração de quem entende que beleza de verdade começa de dentro para fora. Que essa conversa seja um lembrete de que, com fé, disciplina e amor pelo que se faz, nenhum sonho é grande demais.
Fot0: @vluisphoto


