A próxima geração do iPhone pode chegar ao mercado com preços mais altos, ao menos fora dos Estados Unidos. De acordo com analistas da Jefferies, uma das principais firmas de investimentos de Wall Street, a Apple estuda reajustar os valores do iPhone 17 em aproximadamente 50 dólares em alguns modelos, como estratégia para manter sua margem de lucro frente aos desafios do cenário econômico atual.
Embora a versão base do aparelho deva manter o valor de lançamento atual estimado em 799 dólares, os modelos mais avançados, como o iPhone 17 Pro e o Pro Max, poderão ser impactados diretamente pela elevação. O motivo por trás do aumento estaria ligado, sobretudo, ao crescimento dos custos de produção e às novas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos importados da China, onde muitos dos componentes dos dispositivos são fabricados.
O relatório da Jefferies destaca que a Apple já absorveu uma carga tarifária considerável nos últimos meses, algo em torno de 800 milhões de dólares, e a projeção é de que esse número ultrapasse a marca de 1 bilhão de dólares no próximo trimestre, justamente quando o novo iPhone deve chegar ao mercado. Diante disso, repassar parte desses custos ao consumidor aparece como um movimento quase inevitável para preservar a rentabilidade da empresa.
Vale lembrar que, apesar dos obstáculos, a Apple registrou um desempenho robusto no último trimestre fiscal, com receitas que ultrapassaram os 94 bilhões de dólares. As vendas de iPhones, inclusive, cresceram mais de 13% em relação ao ano anterior, totalizando 44,6 bilhões de dólares. Analistas acreditam que parte dessa alta se deu por um movimento de antecipação por parte dos consumidores, que esperavam possíveis aumentos de preço por conta das tarifas.
Além disso, há uma grande expectativa em torno das novidades que a linha iPhone 17 deve trazer, o que poderia justificar o reajuste na visão do consumidor. A empresa deve apresentar um novo modelo mais fino, rumores apontam para um “iPhone 17 Air”, além de atualizações no chip que agora será fabricado com tecnologia de 3 nanômetros, melhorias significativas na câmera, recursos de inteligência artificial e possíveis mudanças no design.
A Apple, até o momento, não comentou oficialmente sobre os possíveis aumentos. Ainda assim, o mercado já começa a se preparar para um lançamento marcado não apenas pela inovação tecnológica, mas também por preços mais elevados fora do território americano. Para muitos, trata-se de um reflexo direto das pressões globais que hoje desafiam até mesmo as maiores gigantes do setor.
