Para muita gente, uma letra difícil de entender ou considerada “feia” é sinônimo de desleixo ou falta de cuidado. Porém, um grupo de especialistas em neurociência e psicologia afirma que essa impressão pode estar longe da realidade. Segundo pesquisas recentes, pessoas com letra pouco legível podem, na verdade, ter um quociente de inteligência (QI) elevado.
A relação entre letra e inteligência tem sido tema de estudos que indicam que o cérebro das pessoas mais inteligentes tende a priorizar o pensamento rápido e complexo em vez da caligrafia perfeita. “Pessoas com alta capacidade cognitiva muitas vezes escrevem de forma mais rápida e espontânea, o que pode afetar a legibilidade da escrita”, explica o neurocientista americano Dr. David Eagleman, professor da Universidade de Stanford e autor de diversos estudos sobre o funcionamento do cérebro.
Além disso, a letra menos trabalhada pode indicar uma mente que valoriza a eficiência, a criatividade e o pensamento abstrato, em vez da preocupação com detalhes superficiais como a forma das letras. “A caligrafia pode ser um reflexo do funcionamento cerebral. Uma letra feia não significa falta de inteligência, mas pode ser um sinal de que o cérebro está mais ocupado em pensar do que em desenhar cada traço”, complementa o especialista.
Embora não seja uma regra absoluta afinal, muitos fatores influenciam a caligrafia, como educação e prática essa relação desperta curiosidade e desafia estereótipos comuns sobre aparência e inteligência. Para os especialistas, o importante é valorizar o conteúdo do que é escrito e não apenas sua apresentação visual.
No fim das contas, ter uma letra considerada feia pode ser, sim, um indicativo de uma mente ágil e cheia de ideias um lembrete de que a inteligência nem sempre se revela pela forma, mas sim pelo conteúdo.


