Ao completar quatro décadas de carreira, o cantor revisita a era de ouro do RPM e comenta os desafios da maturidade.
Aos sessenta e dois anos, Paulo Ricardo celebra quarenta anos de carreira com a mesma voz marcante que embalou os anos oitenta e consagrou o RPM como um dos maiores fenômenos do rock brasileiro. Em entrevista recente, o artista falou com franqueza sobre o envelhecimento. “Envelhecer é um pé no saco”, declarou, ao comentar o impacto da passagem do tempo sobre a imagem pública e pessoal construída ao longo das décadas.
Reconhecido como um dos símbolos sexuais de sua geração, o cantor relembra com carinho o sucesso estrondoso da banda e o papel que assumiu como ícone de estilo e comportamento. “Era uma época em que tudo era novo. A fama veio de forma avassaladora”, diz. Mas admite que lidar com o tempo exige ajustes internos. “Você vai se reposicionando, entendendo que o desejo do outro se transforma, assim como o seu.”
Apesar do tom bem-humorado e direto, Paulo Ricardo deixa claro que vive essa fase com autenticidade. “Não tento parecer mais jovem do que sou. O que me move hoje é a música e o desejo de continuar relevante.”
A turnê comemorativa dos quarenta anos de carreira inclui releituras de sucessos como “Olhar 43” e “Rádio Pirata”, além de novas composições que dialogam com a sua trajetória. “É uma forma de agradecer a quem me acompanhou e de me reconectar com o que ainda tenho para dizer”, afirma.
