Entenda por que antecipar esse procedimento pode aumentar suas chances de gravidez e trazer liberdade de escolha
A qualidade dos óvulos diminui com a idade, tornando mais difícil alcançar uma gravidez saudável no futuro. Congelar os óvulos quando ainda estão saudáveis, geralmente em torno dos 20 e 30 anos, oferece uma oportunidade valiosa de preservar a fertilidade com maiores chances de sucesso. Isso ocorre graças à técnica mais moderna de vitrificação, que garante alta taxa de sobrevivência após o descongelamento e aumenta as possibilidades de uma futura gestação.
Importância da faixa etária ideal
A qualidade dos óvulos é melhor entre os 20 e 30 anos, período considerado o mais adequado para preservar uma fertilidade saudável. Estudos mostram que após os 35 anos a reserva ovariana diminui de forma significativa, reduzindo as chances de gravidez espontânea e aumentando os riscos de alterações genéticas nos embriões.
Cenário atual e procura crescente
Nos Estados Unidos, houve um aumento de quase 40% no número de ciclos de congelamento de óvulos entre 2022 e 2023, totalizando 39.269 ciclos apenas em 2023. No Brasil, a tendência também é de crescimento: antes da pandemia, cerca de 15% a 17% dos ciclos de coleta de óvulos eram destinados ao congelamento, número que hoje já chega a 30% em algumas clínicas especializadas.
Aceitação do procedimento entre as mulheres
Pesquisas apontam uma taxa de aceitação de aproximadamente 56,5% para o congelamento de óvulos por razões não médicas, também chamado de congelamento social. Esse índice pode chegar a 67,9% quando há cobertura dos custos. No Brasil, estudos mostram que 85,4% das mulheres em idade fértil consideram o procedimento benéfico para aumentar as chances de gravidez futura.
Resultados reais e taxas de sucesso
A sobrevivência dos óvulos após a vitrificação é de 90% a 95%. Cerca de 70% a 80% dos óvulos descongelados podem ser fertilizados com sucesso em laboratório, e entre 30% e 50% chegam ao estágio de blastocisto, adequado para implantação. A probabilidade de nascimento de um bebê também varia conforme a idade no momento do congelamento: 31,5% para mulheres que congelam aos 25 anos, 19,3% aos 35 anos e 14,8% aos 40 anos.
Custos e desafios
Apesar dos avanços técnicos e do aumento da procura, o congelamento de óvulos ainda enfrenta a barreira dos custos. Estudos indicam que 64,4% das mulheres não realizariam o procedimento se não houvesse cobertura pelo sistema de saúde. No Brasil, o valor elevado também é um dos principais fatores que impedem maior adesão, mesmo entre aquelas que reconhecem os benefícios da técnica.
Congelar os óvulos em idade fértil é uma forma de preservar escolhas e reduzir riscos no futuro. Para quem deseja adiar a maternidade por motivos pessoais ou profissionais, realizar o procedimento antes dos 35 anos, com acompanhamento médico especializado, pode ser um investimento decisivo para manter a saúde reprodutiva e aumentar as chances de realização de um projeto de vida.


