Na estética, cada detalhe pode transformar não apenas a aparência, mas também a forma como as pessoas se enxergam e se relacionam consigo mesmas. Ao longo de mais de uma década de atuação, a Dra. Roberta Godói construiu uma carreira pautada pela ciência, pela busca da naturalidade e pela valorização da autoestima. Desde os primeiros passos ainda no curso técnico, quando os procedimentos eram mais limitados, até se consolidar como biomédica especialista em harmonização facial, sua jornada foi marcada por estudo contínuo, dedicação e um olhar humano sobre cada paciente.
Nesta entrevista, ela compartilha sua visão sobre os desafios da biomedicina estética, a importância do cuidado com a pele, o impacto do conceito de quiet beauty e as principais tendências que estão moldando o futuro da estética.
Você começou na estética ainda no técnico, quando os procedimentos eram bem mais básicos. Como foi essa transição do início da sua carreira até se tornar biomédica especialista em harmonização facial?
No início, tudo era muito mais simples e limitado, mas foi justamente ali que nasceu minha paixão pela estética. Eu percebia o quanto pequenos cuidados já transformavam a autoestima das pessoas. Com o tempo, senti a necessidade de aprofundar meus conhecimentos, e a biomedicina me trouxe isso: ciência, segurança e tecnologia para entregar resultados mais sofisticados, sempre com naturalidade. A transição foi um caminho de muito estudo e dedicação, mas essencial para eu me tornar a profissional que sou hoje.
Quais foram os principais desafios que você enfrentou no início da biomedicina estética e como eles moldaram sua forma de atuar hoje?
No início, o maior desafio foi conquistar a confiança das pessoas em uma área que ainda era pouco conhecida. Além disso, como qualquer início de carreira, havia inseguranças e a necessidade de estudar constantemente para me sentir pronta. Esses desafios me ensinaram a valorizar cada paciente, a escutar suas necessidades e a buscar sempre atualização. Hoje, minha prática é baseada nesse tripé: conhecimento, confiança e cuidado humano.

Você comenta muito sobre a importância da qualidade da pele como base para qualquer procedimento. Na prática, como você orienta seus pacientes a cuidar da pele no dia a dia para potencializar os resultados?
Sempre digo que a pele é como uma tela: quanto mais saudável, mais bonito será qualquer resultado. Por isso, oriento meus pacientes a terem disciplina no básico, limpeza, hidratação e proteção solar. Além disso, indico produtos individualizados, que atendam às necessidades reais de cada pele. E claro, procedimentos que estimulam colágeno e mantêm a vitalidade cutânea são fundamentais para prolongar e potencializar os efeitos da harmonização.
O conceito de quiet beauty e de naturalidade está cada vez mais em alta. Como você aplica esse princípio nos seus atendimentos e quais resultados ele traz para seus pacientes?
O quiet beauty traduz exatamente o que acredito: beleza discreta, sofisticada e natural. Meus atendimentos são guiados pelo equilíbrio, sem exageros. Sempre avalio a harmonia global do rosto e do corpo, realçando a beleza individual de cada pessoa. Os resultados são pacientes mais satisfeitos, que se reconhecem no espelho e não sentem que mudaram radicalmente, apenas se tornaram a sua melhor versão.

Ao longo dos seus 11 anos de atuação, quais mudanças mais marcaram o mercado da estética e quais você considera que realmente elevaram a área a outro patamar?
Acredito que a maior mudança foi a união entre tecnologia e ciência, trazendo mais segurança e previsibilidade aos procedimentos. Antes, os recursos eram muito limitados, mas hoje contamos com técnicas menos invasivas, bioestimuladores, fios de sustentação e equipamentos que potencializam resultados. Isso elevou a estética a um novo patamar, porque conseguimos oferecer resultados duradouros e naturais, sempre respeitando a individualidade de cada paciente.
Você sempre menciona a importância da autoestima no seu trabalho. Pode compartilhar algum caso ou experiência que tenha marcado sua carreira pelo impacto emocional que um procedimento causou em um paciente?
Já vivi muitas histórias, mas duas me marcaram profundamente. Uma paciente não tirava fotos de perfil por não gostar do nariz. Após a harmonização com perfiloplastia, nariz, lábios e queixo ela voltou a se amar e começou a registrar cada momento. Outra, tinha vergonha de se despir perto do marido. Depois da harmonização corporal, recuperou a autoestima e isso transformou sua vida pessoal também. Esses casos mostram que estética vai muito além do espelho: é sobre confiança e felicidade.

Além da harmonização facial, você também tem experiência em estética corporal. Hoje, qual é o equilíbrio entre esses dois campos no seu dia a dia profissional?
O equilíbrio é muito natural, porque os pacientes entendem que rosto e corpo caminham juntos. Muitas vezes, quem busca um rejuvenescimento facial também deseja cuidar do contorno corporal, da pele ou até do gerenciamento de peso. Então, consigo integrar esses dois universos para oferecer resultados mais completos, pensando sempre no bem-estar global da pessoa.
Olhando para o futuro da estética, quais tendências e avanços você acredita que irão transformar ainda mais a forma como os profissionais cuidam da beleza e do bem-estar?
Acredito muito no avanço dos bioestimuladores, dos tratamentos combinados e no uso crescente da tecnologia para personalização. O futuro está em protocolos cada vez mais individualizados, que unem saúde, beleza e bem-estar. Também vejo uma tendência forte de naturalidade e prevenção, com pacientes buscando não apenas corrigir, mas cuidar ao longo da vida para envelhecer bem.

Ao encerrar nossa conversa, fica evidente que a estética, para a Dra. Roberta Godói, vai muito além da técnica. Sua trajetória mostra que ciência, tecnologia e inovação só fazem sentido quando caminham junto com empatia, escuta e cuidado humano. Mais do que transformar rostos e corpos, seu propósito é resgatar a autoestima e devolver confiança às pessoas, sempre de forma natural e equilibrada.
Com um olhar atento às tendências e ao futuro da área, a Dra. Roberta reforça que a beleza não está em mudar quem somos, mas em valorizar o que cada um tem de único. E talvez seja justamente essa a sua maior marca: ajudar pacientes a se reconhecerem no espelho, encontrando não apenas resultados estéticos, mas também bem-estar e felicidade.
Foto: Franciele Carvalho


