Nos últimos anos, a harmonização facial se tornou um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil e no mundo. Celebridades, influenciadores e pacientes comuns ajudaram a popularizar uma técnica que promete reposicionar traços, devolver simetria e melhorar a autoestima. No entanto, com a mesma velocidade em que conquistou consultórios e redes sociais, também surgiram críticas e debates sobre excessos e resultados artificiais.
Especialistas em estética ressaltam que a harmonização facial, quando realizada de forma equilibrada, pode trazer resultados discretos e naturais. O uso de preenchedores, toxina botulínica e bioestimuladores de colágeno deve respeitar os limites anatômicos do paciente. Para a dermatologista Dra. Lais Ribeiro, “a grande questão não é a técnica em si, mas a forma como ela é aplicada. O objetivo deve ser sempre realçar o que a pessoa já tem de bonito, e não transformá-la em alguém diferente”.
Um dos maiores problemas enfrentados hoje é a banalização do procedimento. Pacientes em busca de mudanças rápidas e clínicas despreparadas acabam contribuindo para resultados caricatos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre os riscos do uso de produtos de baixa qualidade e da aplicação por profissionais não habilitados. Além disso, exageros podem causar alterações permanentes na harmonia do rosto.
Apesar das críticas, a harmonização não deixou de ser tendência. O que mudou foi o perfil do paciente: antes atraídos pela promessa de transformações radicais, hoje muitos procuram sutileza, pedindo resultados mais delicados. Esse movimento acompanha uma onda global em direção à naturalidade, onde menos é mais.
O futuro da harmonização facial, segundo médicos, será pautado por protocolos personalizados, diagnósticos detalhados e um olhar multidisciplinar. Afinal, beleza vai muito além da simetria: envolve saúde, identidade e autoestima.


