O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura, principalmente em pernas, quadris e braços, acompanhada de dor, sensibilidade, hematomas frequentes e sensação de peso. Apesar de ainda ser pouco diagnosticado, estudos vêm mostrando que a nutrição adequada é uma ferramenta fundamental no controle dos sintomas, na melhora da qualidade de vida e no retardo da progressão da doença.
O papel da alimentação no lipedema
O lipedema não responde bem a dietas restritivas comuns, mas sim a estratégias nutricionais específicas que ajudam a reduzir inflamação, melhorar a circulação e controlar o peso corporal sem comprometer massa magra. A nutrição adequada atua em três pontos principais:
1.Controle da inflamação crônica – O lipedema está associado a processos inflamatórios persistentes. Uma alimentação rica em antioxidantes, ômega-3 e compostos anti-inflamatórios auxilia a reduzir a dor e a sensação de inchaço.
2.Equilíbrio hormonal e metabólico – O excesso de insulina e desequilíbrios hormonais podem agravar a deposição de gordura. Por isso, a estratégia nutricional deve priorizar alimentos de baixo índice glicêmico e horários regulares de refeições.
3.Suporte ao sistema linfático – Como há comprometimento da drenagem linfática, nutrientes que favorecem a saúde vascular e a circulação, como vitamina C, flavonoides e proteínas de qualidade, são essenciais.
Estratégias nutricionais recomendadas
•Dieta anti-inflamatória: priorizar frutas vermelhas, vegetais verde-escuros, cúrcuma, gengibre, azeite de oliva e peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha, cavala).
•Controle do carboidrato: optar por fontes de baixo índice glicêmico como batata-doce, abóbora, quinoa e arroz integral, evitando picos de glicemia e insulina.
•Riqueza em proteínas: incluir carnes magras, ovos.
