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Vencendo a Endometriose: Como a Gestrinona Está Devolvendo Qualidade De Vida Às Mulheres

De volta ao trabalho, à vida social e até à maternidade! A Dra. Ana Comin explica como o tratamento hormonal com Gestrinona vem transformando a rotina de pacientes que antes viviam limitadas pela dor.

Conviver com dores incapacitantes, perdas profissionais e até a impossibilidade de manter a vida sexual ativa essa é a realidade de muitas mulheres que sofrem de endometriose, uma doença crônica que pode levar anos até ser diagnosticada. Mas uma nova forma de tratamento tem mudado esse cenário. A Gestrinona, hormônio sintético que ganhou força em implantes subcutâneos, vem mostrando resultados transformadores.

A reportagem conversou com a Dra. Ana Comin, ginecologista e cirurgiã referência em endometriose em Balneário Camboriú (SC), para entender essa revolução silenciosa. A especialista, que também é uma autoridade no campo da cirurgia minimamente invasiva e robótica, observa diariamente os efeitos dessa terapia na vida de suas pacientes.

“A mudança na qualidade de vida ainda me surpreende positivamente. Tenho pacientes que não tinham mais vida sexual ativa devido à dor e voltaram a ter. Pacientes que perderam o emprego devido às faltas e que hoje respiram aliviadas por não precisarem mais ficar em casa com bolsa de água quente na pelve e medicação de horário”, conta.

A endometriose é o implante de tecido endometrial fora da cavidade uterina e tem como sintomas clássicos a dor no período menstrual com piora progressiva, dor que se estende após a menstruação, dor durante a relação sexual e alterações intestinais. A Dra. Ana Comin é categórica: “Sempre que existe dor, a paciente deve consultar.”

A Gestrinona atua reduzindo a produção de estrogênio e inibindo o crescimento do tecido endometrial ectópico, aliviando sintomas como a dor pélvica persistente. Diferentemente de outros tratamentos, ela não provoca sintomas típicos da menopausa.

“Inclusive, fizemos um artigo recente, já disponível no PubMed, que compara a Gestrinona com duas outras medicações”, explica.

A PubMed é uma base de dados gratuita mantida pela National Library of Medicine (NLM), dos Estados Unidos, que faz parte dos National Institutes of Health (NIH). Ela reúne mais de 36 milhões de referências de artigos científicos e publicações acadêmicas em diversas áreas da saúde.

A Dra. Ana Comin reforça, no entanto, que a indicação para tratamento com a Gestrinona precisa ser individualizada.

“A Gestrinona só deve ser usada em pacientes criteriosamente avaliadas por um especialista, considerando também a dose. É necessário monitorar, como qualquer outro tratamento de uma doença crônica”, orienta.

Para muitas pacientes, os ganhos ultrapassam o alívio da dor. A médica relata casos de mulheres que conseguiram engravidar após interromper o tratamento, além de benefícios inesperados.

“Tenho pacientes com endometriose e doença de Crohn, e a doença intestinal está em remissão na sua melhor condição. Pacientes que usavam medicação para dormir por causa da dor e, com o uso da Gestrinona, puderam deixar o ansiolítico”, relata.

Além da terapia hormonal, a ginecologista destaca que o estilo de vida também tem um papel essencial no enfrentamento da doença.

“Primeiro, é fundamental praticar atividade física com regularidade e, dentre as modalidades, a mais importante é a musculação. Segundo, manter uma alimentação saudável, rica em nutrientes diversos, evitando alimentos condimentados, industrializados e com corantes.”

Futuramente, a Dra. Ana acredita em avanços que permitirão diagnósticos mais precoces e tratamentos cada vez mais personalizados.

“Acredito que teremos diagnósticos mais precoces, menos cirurgias, mais tratamentos conservadores (medicamentosos), com menos efeitos colaterais sistêmicos, menos dor e menos infertilidade”, afirma.

Para as mulheres que se sentem desamparadas, a Dra. Ana Comin faz um apelo à responsabilidade e à busca por um cuidado adequado.

“Busque médicos que realmente saibam tratar você como um todo. Está errado sair operando todas as mulheres que têm endometriose, assim como também é errado tratar todas apenas com medicação. Precisamos entender os sintomas da paciente e seus desejos se querem gestar ou não para fazermos um bom plano terapêutico. E, se for necessária uma cirurgia, que seja uma só.”

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