Caminhar é um dos gestos mais antigos da humanidade e continua sendo um dos mais eficazes quando o assunto é saúde. Não exige aparelhos, não depende de academia e cabe em qualquer rotina.
A professora de Educação Física Carolina Mota explica que o corpo entende o que a mente demora a aceitar: movimentar-se é uma necessidade biológica.
“Não se trata de correr maratonas. Às vezes, dez minutos de caminhada já mudam o humor, a postura e até a forma de respirar”, afirma.
O valor do movimento cotidiano
Estudos apontam que pessoas que caminham regularmente apresentam melhora na circulação, no sono e no humor. Além dos benefícios físicos, há uma clara resposta emocional: a mente desacelera e o corpo retoma o equilíbrio natural.
Mais importante do que atingir metas numéricas é criar constância. Caminhar até o trabalho, usar as escadas ou dar uma volta no quarteirão já é suficiente para ativar o metabolismo e reduzir o estresse.
Movimento possível, rotina real
A ideia dos 10 mil passos por dia tem valor simbólico, mas não universal. Segundo Carolina, cada organismo responde de uma forma.
“O essencial é fazer o corpo lembrar que ele foi feito para se mover. O número de passos é o de menos”, reforça.
Um hábito que atravessa gerações
O que era uma prática espontânea virou, nos últimos anos, um comportamento observado por relógios e aplicativos. Ainda assim, a caminhada continua sendo uma das atividades mais democráticas e sustentáveis para a saúde física e mental.
No fim, o segredo não está na meta, mas no gesto. Caminhar é um lembrete silencioso de que o corpo precisa de presença antes de desempenho.


