O envelhecimento não é mais tratado como um processo inevitável de decadência, e sim como uma etapa que pode ser conduzida com ciência, autoconsciência e medicina personalizada. O avanço das pesquisas sobre os chamados biomarcadores da idade biológica está mudando a forma como médicos e cientistas enxergam o tempo.
De acordo com o geriatra Dr. Alexandre Kalache, ex-diretor de envelhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), “envelhecer bem não é viver mais, é viver melhor e com autonomia”. Ele defende que a prevenção deve começar ainda na juventude, com controle hormonal, equilíbrio nutricional e manejo do estresse oxidativo.
Hoje, clínicas de performance no Brasil e no exterior utilizam exames que medem telômeros as “pontas protetoras” dos cromossomos —, além de protocolos baseados em restrição calórica intermitente, suplementação de NAD+ e estímulos de mitocôndrias. Estudos da Harvard Medical School indicam que tais práticas podem retardar o envelhecimento celular em até 30%.
Mais do que estética, essa nova medicina propõe uma mudança de mentalidade: envelhecer se tornou um ato de autocuidado, de escolhas diárias e de respeito à biologia individual.


