Durante décadas, acreditava-se que o repouso era essencial para pacientes que enfrentaram o câncer. Hoje, a ciência mostra o oposto: a atividade física supervisionada é uma das ferramentas mais poderosas para a recuperação integral.
De acordo com o National Cancer Institute (EUA), pacientes que mantêm uma rotina de exercícios leves e moderados após o tratamento oncológico têm 40% mais chances de aumentar a sobrevida e reduzir o risco de recidiva.
A oncologista Dra. Fernanda Chagas, do Hospital A.C. Camargo, explica que o movimento ajuda o corpo a se reorganizar biologicamente. “A atividade física melhora a circulação, reduz a inflamação sistêmica, fortalece o sistema imunológico e devolve ao paciente a sensação de controle sobre o próprio corpo.”
Caminhadas, alongamentos, ioga, pilates e musculação leve estão entre as práticas mais indicadas. Além dos ganhos físicos, o exercício traz benefícios emocionais significativos: reduz a ansiedade, melhora o sono e aumenta a autoestima.
Um estudo da American Cancer Society mostrou que pacientes que praticavam exercícios pelo menos três vezes por semana apresentaram menos fadiga e maior disposição para retomar suas atividades cotidianas.
A mensagem é clara: o movimento é parte essencial do tratamento não apenas um complemento.


