O número de crianças com sintomas de ansiedade, depressão e estresse precoce cresceu de forma alarmante nas últimas décadas. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada cinco crianças brasileiras apresenta algum indício de sofrimento emocional.
A psicóloga infantil Dra. Renata Azevedo, especialista em desenvolvimento emocional, alerta: “Muitos adultos com transtornos psicológicos poderiam ter sido tratados ainda na infância, se houvesse espaço para o diálogo emocional dentro de casa e na escola.”
Ensinar crianças a reconhecer e nomear emoções é um dos pilares da educação emocional. Isso as ajuda a desenvolver empatia, autocontrole e resiliência. Escolas que adotam programas de alfabetização emocional já apresentam redução significativa em episódios de agressividade e evasão escolar.
A Dra. Renata destaca que “os pais também precisam cuidar da própria saúde mental. Crianças aprendem pelo exemplo: um adulto que conversa sobre sentimentos ensina a criança a fazer o mesmo”.
Organizações internacionais, como a UNICEF, vêm reforçando que o investimento em saúde mental infantil é um dos maiores determinantes de bem-estar social a longo prazo.


