O climatério marca mais do que uma mudança hormonal. É uma fase em que o corpo passa a responder de maneira diferente, e a mulher, com maturidade, aprende a se escutar com mais atenção. As transformações físicas, emocionais e metabólicas não chegam de forma abrupta, mas vão sinalizando a necessidade de novos cuidados com a pele, com os cabelos, com o peso, com a saúde óssea e também com a autoestima.
A pele revela rapidamente os efeitos da queda hormonal. Perde elasticidade, resseca com mais facilidade e exige hidratação frequente, proteção solar e orientação dermatológica. O cabelo acompanha esse processo, ganhando mais fragilidade, afinamento e alteração de textura. Não é apenas sobre estética. É sobre perceber que o corpo está pedindo formas diferentes de cuidado.
O movimento torna-se aliado indispensável. Caminhar, nadar, alongar ou manter uma rotina ativa são gestos simples que preservam a saúde cardiovascular, fortalecem músculos e ossos, regulam a glicose e ainda favorecem o equilíbrio emocional. Nesse momento, o exercício deixa de ser apenas escolha e passa a ser ferramenta de preservação.
A alimentação assume papel estratégico. Não basta comer bem. É preciso oferecer ao organismo os nutrientes que agora fazem diferença. Frutas, verduras, legumes, cereais integrais e alimentos ricos em fibras, cálcio, vitaminas A, C e E, selênio e folato atuam como protetores naturais, ajudando a regular funções vitais e prevenindo doenças que tendem a surgir com mais frequência. Reduzir bebida alcoólica e tabagismo é parte desse compromisso.
Autocuidado também significa prevenir. Exames como mamografia, citologia oncótica e densitometria óssea tornam-se essenciais para identificar possíveis alterações com antecedência. Monitorar fatores como pressão arterial, colesterol, glicemia e histórico familiar permite decisões mais seguras e alinhadas com as necessidades de cada corpo. As consultas médicas, nesse período, representam estratégia de preservação.
Cuidar da pele, dos cabelos e do peso é cuidar do corpo que se transforma. É cuidar também do espelho que devolve identidade, autoestima e confiança. O climatério não diminui a mulher. Convida-a a olhar para si com mais consciência, acolhendo as mudanças com lucidez, responsabilidade e respeito.
O autocuidado, nesse momento, deixa de ser vaidade. É escolha. É preservação. É maturidade. É a forma mais inteligente de continuar sendo quem se é, com saúde, vitalidade e presença.


