Um novo estudo realizado pela American Heart Association trouxe preocupação ao associar o uso prolongado de melatonina a um risco maior de insuficiência cardíaca. A pesquisa analisou milhares de pacientes diagnosticados com insônia e acompanhou suas rotinas de tratamento ao longo de vários anos. Entre os participantes que utilizaram melatonina de forma contínua por pelo menos doze meses, observou-se uma incidência significativamente mais alta de insuficiência cardíaca em comparação com aqueles que não faziam uso do suplemento.
Os dados analisados apontaram que esses pacientes apresentaram quase o dobro do risco de desenvolver a condição, além de índices mais elevados de hospitalizações relacionadas ao coração. Os pesquisadores destacam que o estudo demonstra uma associação importante, mas não estabelece uma relação direta de causa e efeito, já que outros fatores, como comorbidades, gravidade da insônia ou uso de outros medicamentos, também podem ter influenciado os resultados.
Ainda assim, o alerta chama atenção para a percepção comum de que a melatonina é totalmente segura por ser um suplemento “natural”. Especialistas defendem que seu uso prolongado deve ser orientado por profissionais de saúde, especialmente em casos de insônia crônica. A recomendação geral é que pacientes busquem alternativas complementares, como ajustes na higiene do sono, regularidade de horários, redução do uso de telas à noite e acompanhamento especializado, garantindo assim um cuidado mais seguro e eficaz.


