Nos últimos anos, os ácidos se tornaram protagonistas nas rotinas de skincare — com promessas de pele mais lisa, uniforme, iluminada e com menos sinais de envelhecimento. Mas afinal, usar ácido no skincare é realmente seguro? Ou é melhor evitar? A resposta, segundo especialistas, depende de diversos fatores: tipo de pele, frequência de uso, concentração do ativo e até mesmo a estação do ano.
“Os ácidos são ingredientes poderosos, mas precisam ser usados com orientação. Eles atuam na renovação celular, ajudam a controlar oleosidade, tratam manchas, rugas e acne. Mas se usados de forma errada, podem causar o efeito contrário: irritações, sensibilidade e até manchas”, explica a dermatologista Dra. Fernanda Vasconcellos, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Entre os mais populares estão o ácido salicílico, ótimo para peles oleosas e acneicas; o ácido glicólico, que promove esfoliação química e melhora a textura; e o ácido hialurônico, conhecido por seu alto poder de hidratação e baixa irritabilidade. Já os mais potentes, como o retinol e os derivados da vitamina A, exigem mais cautela, principalmente em peles sensíveis.
Segundo a Dra. Fernanda, o grande erro é acreditar que “quanto mais forte, melhor”. “Muita gente começa a usar ácidos por conta própria, sem respeitar a necessidade da pele ou o tempo de adaptação. Isso pode comprometer a barreira cutânea e deixar a pele mais vulnerável”, alerta.
Além disso, o uso de ácidos deve ser feito preferencialmente à noite e sempre acompanhado do uso diário de protetor solar com alto fator de proteção. Em épocas mais ensolaradas, como o verão, a atenção deve ser redobrada.
Então, usar ou evitar? A resposta está no equilíbrio e na personalização. Quando bem orientados, os ácidos são aliados poderosos para quem busca uma pele mais saudável e bonita. Mas sem orientação profissional, eles podem facilmente se transformar em vilões silenciosos do skincare.
