Vivemos conectados, e essa conexão constante tem um preço. A chamada “ansiedade digital” é hoje reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um dos principais desafios da saúde mental moderna. O excesso de tempo diante de telas seja no trabalho, nas redes sociais ou no lazer estimula áreas do cérebro ligadas à recompensa imediata, criando um ciclo de dependência emocional e cognitiva.
Pesquisas da Universidade de Stanford apontam que o uso intenso das redes sociais aumenta em até 60% as chances de desenvolver sintomas de ansiedade, insônia e baixa autoestima. “As redes sociais criam uma sensação constante de comparação e urgência. É um estímulo que nunca cessa, e o cérebro não foi feito para lidar com essa sobrecarga”, explica a psicóloga clínica Dra. Patrícia Moreira.
Entre os sinais mais comuns estão a dificuldade de concentração, o sono fragmentado e o aumento da irritabilidade. Para equilibrar o uso das tecnologias, especialistas recomendam estabelecer pausas digitais diárias, reduzir notificações, priorizar interações reais e reservar períodos totalmente desconectados especialmente antes de dormir.
“É importante lembrar que as telas são ferramentas, não substitutos da vida real. A saúde mental começa quando retomamos o controle sobre o tempo e os estímulos que escolhemos receber”, conclui a psicóloga.


