Uma pesquisa recente chamou atenção ao revelar que barbas masculinas podem abrigar mais bactérias do que o pelo de cachorros. O estudo, realizado por microbiologistas europeus, comparou amostras coletadas de homens adultos e de cães de estimação e os resultados surpreenderam.
De acordo com o microbiologista Dr. Henrik Johansen, que liderou a investigação, isso não significa que barbas sejam perigosas, mas sim que a higienização inadequada pode favorecer o acúmulo de microrganismos.
“A barba não é um problema por si só. O que influencia é a rotina de limpeza. Homens que não lavam a barba com frequência tendem a apresentar maior concentração bacteriana”, afirmou.
A análise também mostrou que, embora a maioria das bactérias encontradas seja inofensiva, algumas cepas potencialmente patogênicas surgiram em indivíduos com hábitos de higiene precários. Curiosamente, os cães apresentaram menor diversidade bacteriana, possivelmente devido ao pH da pele e à rotina de banhos.
A dermatologista Dra. Thaís Montemor, especialista em microbiota cutânea, destaca que não há motivo para alarme. “Assim como o cabelo, a barba é um reservatório natural. Com limpeza adequada, uso de shampoo específico e hidratação, o risco de infecção é mínimo”, explicou.
Os pesquisadores reforçam que o estudo não invalida o contato entre humanos e seus pets, mas evidencia a importância da higiene pessoal especialmente para quem mantém barba mais cheia ou longa.
Entre as recomendações estão lavar a barba diariamente, evitar tocar o rosto com frequência e higienizar pentes e máquinas de barbear.
A conclusão é clara: estilo e saúde podem andar juntos, desde que a barba receba os cuidados que merece.
