Uma pesquisa recente reacende um debate cada vez mais presente entre as novas gerações: afinal, o que traz mais felicidade, acumular bens materiais ou viver experiências marcantes? Estudos apontam que a resposta pode estar muito mais ligada às lembranças do que aos objetos.
Especialistas em psicologia do consumo revelam que as experiências tendem a gerar um impacto emocional mais duradouro do que a compra de produtos. Enquanto o prazer adquirido com um bem material costuma se dissipar com o tempo, a memória de uma viagem, de um encontro especial ou de um momento único permanece viva, fortalecendo vínculos e emoções positivas.
A geração mais jovem já demonstra essa mudança de comportamento. Pesquisas internacionais mostram que cada vez mais pessoas preferem investir em vivências, como viagens, eventos culturais e atividades sociais, em vez de acumular bens. Para a psicóloga comportamental Dra. Renata Guimarães, essa tendência está ligada ao desejo de autenticidade e conexão. “Ao escolher viver experiências, o indivíduo não apenas cria lembranças, mas também constrói identidade, fortalece relacionamentos e desenvolve um senso mais profundo de propósito”, explica.
Esse movimento também reflete a busca por bem-estar em meio a uma rotina acelerada. Ao priorizar momentos em vez de objetos, muitas pessoas relatam sentir menos ansiedade e maior satisfação pessoal. Além disso, em um mundo marcado pelo consumo excessivo, essa mudança de foco pode representar não apenas um ganho emocional, mas também um alívio financeiro e até ambiental.
A mensagem que emerge dos estudos é clara: bens materiais podem oferecer conforto e praticidade, mas é nas lembranças que reside a verdadeira riqueza emocional. A nova geração parece ter entendido esse recado, mostrando que felicidade duradoura se constrói menos com coisas e mais com momentos que ficam para sempre.


