Movimento ao ar livre cresce e atrai quem busca saúde, liberdade e bem-estar
Nos últimos meses, um fenômeno vem chamando a atenção em várias cidades brasileiras: o número crescente de pessoas que estão deixando as academias de lado e se rendendo à corrida de rua. Em Brasília, por exemplo, é cada vez mais comum ver grupos e corredores solitários ocupando o Eixão, parques e avenidas logo nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer.
A mudança tem explicações que vão além da simples preferência por atividades ao ar livre. Para muitos, a corrida representa uma alternativa mais acessível, flexível e prazerosa. “Eu troquei a academia pela corrida no parque e nunca mais voltei. Me sinto mais livre, estou mais em contato com a natureza e ainda economizo”, conta a analista de sistemas Juliana Pereira, de 34 anos.
Segundo especialistas, o movimento também está relacionado à busca por saúde mental. “A corrida tem um efeito terapêutico. O contato com o ambiente externo, a exposição à luz solar e a liberação de endorfinas contribuem para o bem-estar psicológico”, afirma o educador físico Rafael Andrade.
Além disso, a praticidade é outro atrativo. Ao contrário das academias, que exigem deslocamento, mensalidades e horários fixos, o asfalto está sempre disponível. “Tudo o que a pessoa precisa é de um tênis adequado e disposição”, completa Andrade.
Aplicativos de treino, grupos de corrida e até eventos de rua têm estimulado essa nova onda. Com isso, a corrida, antes vista como um complemento aos treinos de musculação, passa agora a ser o exercício principal para muita gente.
Para quem está pensando em fazer essa transição, os especialistas recomendam uma adaptação gradual, com atenção à postura, intensidade e, se possível, orientação profissional. Mas uma coisa é certa: o asfalto já se tornou o “novo salão de treino” para um número cada vez maior de brasileiros.
