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Câncer de pele: causas, fatores de risco, prevenção e sinais de alerta

Entenda por que ele é o câncer mais frequente no Brasil e como reduzir o risco no dia a dia

O câncer de pele é o tipo de câncer mais incidente no país. Para o triênio 2023–2025, o INCA estima 704 mil novos casos de câncer por ano no Brasil; os tumores de pele (especialmente o não melanoma) respondem por parcela expressiva desse total e exigem atenção contínua à fotoproteção.

O que é e por que acontece

O câncer de pele surge quando há crescimento descontrolado das células cutâneas após agressões acumuladas ao DNA, principalmente por radiação ultravioleta (UV). Essa radiação pode vir tanto do sol quanto de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento, lâmpadas de secagem de unhas em cabines de manicure, equipamentos de soldagem e até mesmo através de vidros que não filtram adequadamente os raios UVA.

Fontes de radiação UV que vão além do sol

  • Câmaras de bronzeamento artificial: proibidas no Brasil desde 2009, mas ainda usadas de forma irregular em alguns lugares.
  • Cabines de manicure com lâmpadas UV/LED: podem causar danos ao DNA das células da pele; recomenda-se proteção com filtro solar nas mãos ou uso de luvas específicas.
  • Exposição ocupacional: atividades como soldagem exigem o uso correto de equipamentos de proteção.
  • Ambientes envidraçados e veículos: vidros comuns bloqueiam UVB, mas deixam passar UVA, o que mantém a necessidade de fotoproteção mesmo em locais cobertos.

Quem tem maior risco

  • Pessoas de pele clara, olhos claros e histórico de queimaduras solares.
  • Indivíduos com múltiplas pintas ou histórico familiar de câncer de pele.
  • Trabalhadores com exposição contínua ao sol ou a fontes artificiais de UV.
  • Usuários de câmaras de bronzeamento artificial.

É possível evitar?

Não dá para eliminar totalmente o risco, mas é possível reduzi-lo substancialmente:

Usar protetor solar de amplo espectro (FPS 30 ou mais), aplicado de forma correta e reaplicado periodicamente.

Adotar barreiras físicas: chapéu, roupas de manga longa e óculos com proteção UV.

Aplicar fotoproteção também em ambientes internos com incidência de radiação através de vidros.

Utilizar EPIs em atividades profissionais que envolvam exposição a fontes de UV.

Evitar totalmente câmaras de bronzeamento e reduzir a frequência de uso das cabines de manicure com luz UV.

Tipos e sinais de alerta

Câncer de pele não melanoma (carcinomas basocelular e espinocelular): costumam aparecer como feridas que não cicatrizam, lesões peroladas, avermelhadas ou que sangram facilmente.

Melanoma: menos frequente e mais agressivo. Deve-se observar a “regra do ABCDE” nas pintas: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variável, Diâmetro maior que 6 mm e Evolução.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por exame clínico e confirmado por biópsia. Quanto mais cedo identificado, maiores as chances de cura. O tratamento pode envolver cirurgia, terapias tópicas, fotodinâmica e, em casos avançados, imunoterapia ou terapias-alvo.

Checklist prático de proteção

Aplicar FPS 30 ou mais todos os dias, inclusive em áreas como rosto, pescoço, orelhas e mãos.

Reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou conforme necessidade.

Usar roupas e acessórios que bloqueiem a radiação UV.

Utilizar EPIs em atividades de risco ocupacional.

Fazer autoexame mensal e buscar avaliação médica ao notar alterações na pele.

Evitar práticas de bronzeamento artificial e reduzir exposições desnecessárias a fontes artificiais de UV.

O câncer de pele é altamente prevenível e, quando diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura. A combinação de fotoproteção diária, hábitos seguros e atenção a sinais de alerta é a melhor forma de proteger a pele ao longo da vida.

 

 

 

Fontes 

INCA – Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil

IARC/OMS – Monographs: Radiation (Vol. 100D)

Anvisa – RDC 56/2009 e atualizações sobre bronzeamento artificial

Nature Communications (2023) – estudo sobre cabines de manicure

AAD/FDA – Recomendações sobre uso de protetor solar

Evidências científicas sobre transmissão de UVA através de vidros

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