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Como a obesidade pode aumentar o risco de arritmias e insuficiência cardíaca

Obese boy who is overweight on a pink background.

Dra. Thalita Merluzzi, cardiologista intensivista, explica de forma clara como o excesso de peso pode afetar o funcionamento do coração e aumentar o risco de problemas como arritmias e insuficiência cardíaca

A obesidade não é apenas uma questão de aparência. Ela mexe com todo o organismo e, em especial, com o coração. O excesso de peso pode sobrecarregar esse órgão, provocar alterações no seu funcionamento e facilitar o surgimento de doenças graves. A Dra. Thalita Merluzzi explica como isso acontece e por que é importante cuidar da saúde para evitar complicações.

Sobrecarga do coração
Quando o corpo tem mais peso do que deveria, o coração precisa trabalhar mais para levar sangue e oxigênio para todas as partes. Essa “jornada extra” pode fazer com que ele aumente de tamanho e fique mais espesso, o que prejudica seu funcionamento e pode levar a batimentos irregulares e à perda de força para bombear o sangue.

Inflamação e enfraquecimento do músculo cardíaco
A gordura acumulada no corpo não fica parada, ela libera substâncias que provocam inflamação constante. Isso afeta os tecidos do coração, deixando-os mais duros e menos elásticos. Com o tempo, o coração perde parte da sua capacidade de se contrair e relaxar, o que pode levar a doenças mais sérias.

Alterações na pressão e retenção de líquidos
O excesso de peso pode fazer alterar a fisiologia do corpo e ocorre aumento da pressão arterial e favorecem o acúmulo de líquidos. Essa combinação sobrecarrega ainda mais o coração e cria um ambiente propício para o surgimento de problemas no ritmo cardíaco.

Apneia do sono e riscos adicionais
Muitas pessoas com obesidade têm apneia do sono, que é quando a respiração para por alguns segundos várias vezes durante a noite. Isso reduz a oxigenação do sangue e força o coração a trabalhar em condições de estresse, aumentando as chances de arritmias e de desgaste precoce.

O cuidado começa na escuta
Para a Dra. Thalita Merluzzi, entender o problema é o primeiro passo para mudar. “O excesso de peso não é apenas sobre números na balança. Cada pessoa tem sua história, seus desafios e suas conquistas.
É ouvindo e acolhendo que conseguimos encontrar juntos o melhor caminho para recuperar a saúde e a qualidade de vida”, afirma.

A obesidade e os problemas cardíacos estão ligados de várias formas, mas isso não significa que não haja saída. Com mudanças nos hábitos, acompanhamento médico e atenção aos sinais do corpo, é possível reduzir riscos e proteger o coração por muitos anos.

Referências

Journal of the American College of Cardiology: https://www.jacc.org

American Heart Association: https://www.heart.org

European Heart Journal: https://academic.oup.com/eurheartj

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