A preocupação excessiva com a aparência pode ultrapassar os limites do autocuidado e se transformar em um transtorno psicológico conhecido como dismorfia corporal. Embora muitos associem o problema apenas ao rosto ou ao peso, especialistas alertam: qualquer parte do corpo pode se tornar foco de insatisfação extrema.
Pessoas com dismorfia corporal costumam se fixar em supostos “defeitos” físicos que, muitas vezes, são imperceptíveis para os outros. Nariz, pele, barriga, pernas, dentes, cabelo e até partes como mãos ou joelhos podem se tornar alvos dessa distorção da autoimagem.
Segundo a psicóloga clínica Renata Lopes, o transtorno está frequentemente ligado à baixa autoestima, ansiedade e, em alguns casos, ao uso excessivo de filtros e redes sociais. “Vivemos numa era de comparação constante, e isso pode acentuar sentimentos de inadequação. A pessoa passa a se ver de forma distorcida e a desenvolver comportamentos compulsivos, como checar espelhos, buscar procedimentos estéticos frequentes ou até evitar o convívio social.”
A dismorfia corporal exige atenção e, muitas vezes, acompanhamento psicológico. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para buscar ajuda e recuperar a relação saudável com o próprio corpo.


