O dólar encerrou a sexta-feira (24) em queda de 0,13%, cotado a R$ 5,91, menor valor desde o final de novembro. No acumulado da semana, a moeda registrou desvalorização de 2,43%. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também teve leve recuo de 0,03%, fechando aos 122.447 pontos.
O movimento do câmbio foi influenciado pela divulgação do IPCA-15, a prévia da inflação oficial do Brasil. O índice trouxe novos indicadores que podem direcionar as próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros básicos da economia. Os investidores avaliam como esses dados podem impactar a política monetária e o ritmo de cortes ou estabilidade da taxa Selic.
No cenário internacional, o mercado continua atento às medidas econômicas e comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante o Fórum Econômico Mundial, o republicano reiterou sua postura protecionista, prometendo cortes históricos de impostos e tarifas mais altas para empresas que transferirem produção para fora do território americano.
Adicionalmente, Trump voltou a criticar a política de juros do Federal Reserve (Fed), exigindo reduções imediatas nas taxas para estimular a economia dos Estados Unidos. As tensões em torno das tarifas comerciais contra a China e a União Europeia também permanecem no radar dos investidores, ainda sem medidas concretas, o que tem favorecido uma valorização do real em relação ao dólar.
O mercado segue atento à possibilidade de novos ajustes nas taxas de juros globais e aos desdobramentos da política comercial americana, fatores que continuarão influenciando a trajetória do câmbio e dos índices no Brasil.


