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Dr. Gustavo Sá: Ciência, Gestão e Propósito na Medicina da Longevidade

Foto/ Reprodução: Capa Pulsar Brasil

Referência em saúde integrativa e longevidade, o Dr. Gustavo Sá reúne uma trajetória que atravessa fronteiras acadêmicas e diferentes áreas do conhecimento. Formado pela Unigranrio (RJ), pelo Trinity College, em Dublin, e também pela Unec (Centro Universitário de Caratinga), construiu uma carreira marcada pelo equilíbrio entre inovação científica e visão estratégica. Com especialização em Ciências da Longevidade e um MBA em Gestão, une prática clínica de excelência à liderança empreendedora à frente do Instituto LongLife.

Foto/ Reprodução: Acervo Pessoal

Mais do que médico, é mentor e palestrante, capacitando profissionais da saúde a implementarem práticas inovadoras com ética, consciência e humanidade. Nesta entrevista, o Dr. Gustavo Sá compartilha reflexões sobre medicina personalizada, os avanços que prometem transformar o futuro da saúde e a importância de viver não apenas mais tempo, mas com autonomia e qualidade de vida.

O senhor teve experiências acadêmicas tanto no Brasil quanto na Irlanda. De que forma essa vivência internacional impactou sua visão sobre medicina integrativa e longevidade?

Ter vivenciado a forma como a saúde é aplicada em dois países tão distintos, em continentes diferentes, ampliou minha visão sobre os cuidados integrais em saúde. Essa experiência me trouxe não apenas uma nova perspectiva de atuação, mas também a percepção de como a tecnologia pode ser aplicada de maneiras diversas dentro do mercado médico, tanto fora quanto dentro do Brasil.

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O senhor possui pós-graduação nessas duas áreas complementares. Como a saúde mental e a nutrição se entrelaçam no cuidado de quem busca viver mais e melhor?

Dentro da psiquiatria, os comportamentos alimentares têm sido cada vez mais estudados, porque há uma relação direta entre transtornos compulsivos e os hábitos alimentares. Muitas vezes, a descarga emocional se transforma em uma válvula de escape, o que interfere diretamente nos padrões de alimentação e pode levar a quadros extremos como obesidade, bulimia e anorexia. Entender melhor o comportamento humano me permite interpretar de forma diferenciada a dinâmica dietética e da consciência alimentar, o que enriquece o cuidado integrativo.

O MBA e sua atuação como CEO mostram que o senhor une ciência à gestão. Quais são os principais desafios de conciliar a medicina com a liderança de clínicas de saúde e longevidade?

Sempre digo que é preciso saber “tirar o jaleco do médico e vestir o blazer do empresário”. Essa dicotomia é um desafio constante. O MBA me trouxe uma visão estratégica mais ampla sobre negócios, sem que eu perdesse a essência da minha atuação médica. Para entregar a melhor experiência e o melhor resultado ao paciente, é necessário unir o conhecimento científico com uma gestão eficiente.

Foto/ Reprodução: Acervo Pessoal

Na prática do Instituto Long Life, o senhor defende planos individualizados. Como garantir que a medicina personalizada seja também acessível e não apenas um privilégio de poucos?

Esse é um desafio, mas também uma oportunidade. Acredito que o uso da tecnologia será a grande ferramenta para tornar a medicina personalizada mais acessível. Recursos como a inteligência artificial permitem escalar a individualização dos tratamentos, proporcionando a um número maior de pessoas cuidados específicos e de qualidade.

Quando falamos em longevidade, muitas pessoas pensam apenas em viver mais anos. Como o senhor explica a importância de viver não só mais tempo, mas com qualidade de vida e autonomia?

Costumo dizer que ter longevidade é diferente de “morrer devagar”. Infelizmente, muitas pessoas sobrevivem, mas não desfrutam da vida com plenitude. O verdadeiro objetivo é manter as capacidades funcionais e a autonomia, para que a pessoa não apenas viva mais anos, mas que passeie pela vida com saúde e equilíbrio nos eixos biopsicossociais e não apenas se arraste por ela.

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O senhor atua também como mentor e palestrante. Quais são os erros mais comuns que os profissionais cometem ao tentar implementar práticas inovadoras em saúde, e como evitá-los?

O erro mais comum é não colocar em prática o conhecimento adquirido. Conheço muitos profissionais de excelência, com currículos robustos, que não aplicam o que sabem. É preciso lembrar que toda inovação precisa ser humanizada: a tecnologia, por si só, não substitui o toque humano. Na saúde, que lida com o bem mais precioso a vida, é essencial aliar inovação à humanidade.

Quais avanços recentes na medicina integrativa o senhor considera mais promissores para revolucionar os cuidados de saúde nos próximos anos?

Os análogos de GLP-1, popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras”, são muito promissores e já apresentam evidências robustas em estudos clínicos. Além disso, vejo grande potencial na medicina genética, epigenética, nutrogenética e nanotecnologia, assim como em novas ferramentas de diagnóstico. O ponto crucial será empregar essas inovações sem perder o lado humano da prática médica, pois a tecnologia deve ser um complemento, e não um substituto, da relação médico-paciente.

Foto/ Reprodução: Acervo Pessoal

Em um mundo cada vez mais acelerado, como o senhor enxerga o papel da saúde preventiva e integrativa na redução de doenças crônicas e no aumento da longevidade saudável?

Hoje, o controle do estresse já é reconhecido até por sociedades de cardiologia como fator essencial na prevenção de doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de morte no mundo. Vivemos em uma era em que as doenças mentais são as doenças do nosso tempo, agravadas pelo ritmo acelerado e pelo excesso de tecnologia. Por isso, a saúde preventiva precisa priorizar também a saúde mental. Discutir esse tema, e não banalizá-lo ou romantizá-lo, é fundamental para que possamos aumentar a longevidade com saúde verdadeira.

Encerrando a entrevista, o Dr. Gustavo Sá reforça que a longevidade não pode ser medida apenas em anos de vida, mas na forma como cada pessoa escolhe viver esse tempo. Para ele, o futuro da medicina está na união entre ciência, tecnologia e humanidade um tripé capaz de transformar a saúde em algo acessível, preventivo e verdadeiramente integrador.

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