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Dr. Magno Liberato: Técnica, Sensibilidade e o Poder de Reconstruir Identidades

A cirurgia bucomaxilofacial é, ao mesmo tempo, uma ciência de exatidão milimétrica e uma arte de profundo impacto humano. Lidando com fraturas, deformidades, assimetrias e questões funcionais da face, o especialista dessa área atua em uma zona sensível entre o estético e o vital. É nesse espaço, onde a forma dialoga com a identidade, que o Dr. Magno Liberato construiu sua carreira — com precisão cirúrgica, mas também com escuta, empatia e um olhar atento à história de cada paciente.

Nesta entrevista exclusiva à Revista Pulsar, Dr. Magno revisita sua trajetória, fala sobre os desafios e as recompensas da prática clínica, compartilha experiências marcantes e comenta as tendências que estão transformando o campo da odontologia e da cirurgia facial no Brasil. Para ele, mais do que técnica, a boa prática depende de conexão: com o paciente, com a equipe e com o próprio propósito.

Com uma atuação admirada tanto no ambiente hospitalar quanto no consultório, o cirurgião acredita que o futuro da profissão está na integração entre áreas e no respeito à individualidade de cada rosto — e de cada pessoa.

Confira a entrevista completa e conheça a visão do Dr. Magno Liberato sobre a face como território de identidade e transformação.

O que o motivou a seguir a área da bucomaxilofacial? Foi uma escolha desde cedo ou algo que surgiu ao longo da sua formação?

Já ouviu falar em “amor à primeira vista”? Foi LITERALMENTE isso. Comecei a vida acadêmica cursando educação física (gostava de esportes), mas quando comecei os estudos, não me encontrei. Foi quando, num bate-papo com minha vizinha do prédio que morava em Natal (RN), ela disse que estava cursando odontologia e estava gostando. Resolvi então abandonar a Ed. Física e tentar Odonto. Sem ter ninguém na família sendo dentista e nem referência de ninguém. Fui lá experimentar. Por 1 ano eu não me encontrei. Já estava achando que a área da saúde não era pra mim e me dei mais um último semestre de chance. Foi então, que no início do 2º ano, numa terça-feira de manhã, tivemos a primeira aula de cirurgia bucomaxilofacial. O slide inicial eram 6 fotos de procedimentos distintos que fazíamos. Me lembro bem de ali o tempo parar e eu sentir, do fundo do coração, que era isso que eu precisava fazer.

Quais foram os maiores desafios na sua trajetória até se tornar um especialista na área?

O maior desafio foi eu entender que, para chegar onde eu queria, eu precisava fazer muito a mais do que esperam de um aluno de graduação. Então assim o fiz. Comecei a estudar autodidata os livros de cirurgia da biblioteca, comecei a prestar todas as monitorias da área, escrever resumos, apresentar trabalhos em congressos específicos, procurar estágios hospitalares, pedir para os professores oportunidade de auxiliá-los fora do curso. Isso além de ter que ir bem nas outras matérias do curso, claro [risos].

Existe alguém que teve papel fundamental na sua formação?

Eu não cheguei até aqui sozinho. Muito pelo contrário. Eu fui muito abençoado por ter pessoas certas na hora certa. O que eu precisei fazer é estar preparado quando esses momentos aconteciam. Nisso eu tive diversos professores que me instruíram, tive e tenho parceiros de trabalho incríveis, cirurgiões que se tornaram amigos, namorada com seu apoio. Mas sem dúvidas, o meu alicerce é minha família. Sem ela me incentivando e acreditando que eu poderia ser grande, não chegaria tão longe. E sei que posso ir muito além com a minha família junto comigo!

Qual foi o caso mais impressionante ou desafiador que já atendeu? O que tornou essa experiência tão marcante?

O caso mais desafiador e marcante ainda está ocorrendo. Do meu paciente — e também amigo — Fabio Zava. Um jovem que lutou desde criança no tratamento de um câncer de mandíbula e já fez diversas cirurgias com outros profissionais. Cuidamos dele desde 2021 e os altos e baixos emocionais me fizeram mergulhar de alma nesse caso. Recentemente ele decidiu contar sua história pro mundo no seu Insta e passar a mensagem do diagnóstico precoce de CA, além de incentivar pacientes como ele a buscarem ajuda.

O que a cirurgia bucomaxilofacial soluciona na vida geral do paciente?

A cirurgia bucomaxilofacial vai muito além da estética ou da função mastigatória. Ela tem um papel profundo na qualidade de vida do paciente. Ajudamos pessoas que convivem com dores crônicas, dificuldades para se alimentar, respirar ou até se relacionar socialmente devido a alterações faciais. Cada procedimento que realizamos — seja uma cirurgia ortognática, o tratamento de um trauma facial ou melhora das dores articulares dos maxilares — tem como objetivo não só melhorar as alterações aparentes, mas também as emocionais que o paciente às vezes não quer nem contar para ninguém.

Como você lida emocionalmente com casos difíceis e complexos?

Não tem como eu cuidar de alguém se eu não conhecê-lo sentimentalmente. Boa parte de alterações faciais tem por trás pacientes emocionalmente afetados. Me conectar primeiro a situações psicológicas me torna um profissional melhor e mais dedicado para tratar de quem me procurar.

Como é a sua rotina profissional? Há algo que as pessoas costumam não imaginar sobre o seu trabalho?

Me divido entre minhas duas clínicas, em Moema e no Cidade Jardim, e sou colaborador de outras três. Fico boas horas da minha semana dentro de centros cirúrgicos dos hospitais que opero. Além de ser convidado para palestrar pelo Brasil afora sobre os temas que amo tratar. Atualmente iniciei mais uma pós-graduação de dor orofacial e odontologia do sono. Gosto de me manter ocupado, me faz bem ser útil.

Quais habilidades, além das técnicas cirúrgicas, você considera essenciais para um bom profissional da área?

Em um mundo que estamos caminhando tanto para tecnologia e inteligências artificiais, falta mais amor, empatia e espiritualidade nos profissionais de saúde. E isso eu cultivo seriamente nos meus atendimentos.

A bucomaxilofacial exige muita precisão. Você pratica alguma atividade fora do trabalho que ajuda no seu desempenho profissional?

Me manter saudável é a melhor forma para ter alto desempenho no trabalho. Procuro me alimentar bem, treinar musculação e corrida, dormir cedo (nem sempre consigo, mas tento). Se eu me cuidar, consigo cuidar de outros.

Como a tecnologia tem impactado a bucomaxilofacial nos últimos anos? Há alguma inovação que o entusiasme?

Sem sombra de dúvidas, o que mais evoluiu nos últimos anos foi o conhecimento! A gente fala muito em tecnologia e IA, mas gosto de exaltar o estudo! O entendimento mais apurado das doenças e, consequentemente, dos seus tratamentos é pra onde a bucomaxilofacial tem que ir e, por querer sempre melhorar, isso que me entusiasma!

O que você diria para alguém que está considerando seguir essa especialidade?

Se lembra aquele amor à primeira vista que tive a sorte de encontrar? Nem todos têm. Mas todos deveriam primeiro se apaixonar pela área e depois se dedicar estudando ela. O sucesso vai vir. Se você for bom e souber se mostrar assim pro mundo, vai dar certo. Mas vão ter baixos, e aí, só o amor vai te segurar.

Dr. Magno atende na Clínica One Medical Group, em São Paulo. Endereço: Torre Continental – Av. Magalhães de Castro, 4800 – cj 304 – Jardim Panorama, São Paulo – SP, 05676-120

Redação: @duo.strategy
Foto: @leboarding

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