Com a crescente busca por procedimentos estéticos cada vez mais cedo, uma dúvida tem se tornado comum em consultórios: fazer um facelift por volta dos 30 anos é realmente necessário? Tradicionalmente associado à maturidade, o lifting facial agora começa a atrair um público mais jovem mas será que essa antecipação faz sentido?
Segundo a dermatologista Dra. Renata Alcântara, especialista em rejuvenescimento facial e envelhecimento saudável, aos 30 anos o ideal ainda é focar em prevenção, não em cirurgia. “Nessa fase da vida, geralmente ainda não há flacidez significativa nem perda profunda de estruturas faciais que justifiquem um lifting cirúrgico completo. O que vemos é mais uma preocupação com os primeiros sinais de envelhecimento”, afirma.
De acordo com a médica, o facelift tradicional costuma ser indicado a partir dos 45 ou 50 anos, quando há maior comprometimento da pele e das camadas profundas do rosto. No entanto, existem versões mais leves do procedimento, como o minifacelift ou o lifting de áreas específicas (como a parte média do rosto), que podem ser avaliadas em casos pontuais, especialmente quando há fatores genéticos envolvidos.
Ainda assim, Dra. Renata reforça que há alternativas eficazes e menos invasivas para essa faixa etária. “Hoje temos uma gama de recursos que atuam na prevenção e no estímulo do colágeno, como bioestimuladores, ultrassom microfocado, lasers e até os fios de PDO, que proporcionam sustentação com resultados naturais e progressivos.”
O segredo está na avaliação individualizada e na construção de um plano de cuidado a longo prazo, respeitando a anatomia e a fase de vida de cada paciente.
“Cada rosto envelhece de uma forma. O mais importante é fazer escolhas conscientes, com acompanhamento de um profissional qualificado, e entender que beleza e juventude duram mais quando trabalhamos com equilíbrio e consistência, não com pressa”, conclui a dermatologista.


