Um estudo publicado recentemente pela Universidade da Califórnia reforçou a relação direta entre a privação do sono e o envelhecimento precoce da pele. De acordo com os pesquisadores, pessoas que dormem menos de seis horas por noite apresentam maior degradação de colágeno, aumento da flacidez facial e maior incidência de rugas e manchas. O motivo está na redução da produção de hormônios reparadores, como o GH (hormônio do crescimento) e a melatonina, que atuam na regeneração tecidual e na defesa antioxidante do organismo.
Durante o sono profundo, o corpo realiza uma série de processos vitais de reparo celular. É nesse período que a pele se regenera, repara danos causados por radicais livres e restaura sua barreira natural. Quando esse ciclo é interrompido ou insuficiente, a pele perde luminosidade, a renovação celular diminui e os sinais de envelhecimento se intensificam. “O sono é o mais importante cosmético natural que existe. Sem ele, nenhum tratamento estético alcança seu máximo potencial”, explica a dermatologista Dra. Helena Rios, especialista em medicina estética e antienvelhecimento.
Além da questão estética, a falta de sono também afeta o equilíbrio hormonal, o humor e o sistema imunológico, o que amplia o impacto sobre o bem-estar geral. Segundo os especialistas, dormir entre sete e nove horas por noite é essencial não apenas para manter a pele jovem, mas para o funcionamento de todo o organismo.
Com o aumento das jornadas de trabalho, do uso de telas e da exposição à luz azul, os distúrbios do sono têm se tornado cada vez mais frequentes. Em resposta, clínicas dermatológicas e de bem-estar já começam a integrar programas de sono reparador em seus protocolos estéticos. “A beleza real nasce do equilíbrio entre corpo, mente e descanso”, reforça a médica.


