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Festiquilombo 2025 lota o Pelourinho e transforma Salvador em palco de memória, arte e resistência

Foto/ Reprodução: Internet

Salvador viveu um dos momentos mais emblemáticos de sua agenda cultural neste domingo, 23 de novembro, com a realização do Festiquilombo 2025. O Largo do Pelourinho recebeu milhares de pessoas para celebrar a cultura afro-brasileira, valorizar a ancestralidade e destacar o papel da mulher negra na arte, na educação, na ciência e na preservação da memória coletiva.

Desde o início da tarde, o centro histórico ganhou cor, ritmo e sentido. Tambores, canto, dança e cortejos ocuparam as ruas com apresentações de blocos tradicionais, performances populares e narrativas visuais que uniam arte, educação e identidade. A atmosfera festiva dividiu espaço com reflexão, pertencimento e consciência histórica.

A edição deste ano homenageou figuras marcantes da história afro-brasileira, como Dandara dos Palmares, Acotirene dos Anjos e Aqualtune. Nas apresentações, elas foram representadas como símbolos de legado, força e continuidade. Mulheres que, mesmo pouco registradas nos livros oficiais, permanecem vivas na arte, na oralidade e na memória comunitária.

Segundo uma das idealizadoras, o festival representa um ato cultural e político ao mesmo tempo. Ela afirmou que quando uma comunidade se reconhece na sua história, ela preserva sua maior riqueza, que é a identidade. O público ouviu, aplaudiu e sentiu o peso simbólico de ver arte e memória caminhando juntas.

O evento também se tornou espaço de encontro entre gerações. Jovens artistas dividiram apresentações com mestres da cultura popular, fortalecendo a proposta central do Festiquilombo, que é garantir que a memória ancestral não apenas sobreviva, mas continue se reinventando.

Além das performances, o festival abriu espaço para rodas de conversa sobre racismo estrutural, educação quilombola, empreendedorismo negro e participação social. Famílias, estudantes, pesquisadores, turistas e artistas circularam entre as atividades com o mesmo interesse: entender a cultura como arquivo vivo de identidade.

A próxima etapa do Festiquilombo será o FEMADUM 2025, festival de canções inéditas de samba-reggae, previsto para dezembro. O evento integra a mesma proposta de preservar e propagar a arte negra como forma de expressão, memória e resistência.

O Festiquilombo 2025 reafirmou que tradição não é passado, é presença. E que arte, quando nasce da comunidade, transforma-se em instrumento de voz, pertencimento e permanência histórica.

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