Brasília – O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 24 de novembro, a nova projeção oficial para a inflação de 2025. Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 4,45%, percentual abaixo do teto da meta estabelecida para o período, que era de 4,50%.
A estimativa reforça o sinal de desaceleração gradual da inflação, mesmo diante de pressões sobre alimentos, energia e combustíveis ao longo do ano. O desempenho é atribuído ao avanço no nível de emprego, ao consumo moderado e ao controle da política monetária. Você Novais, diretor de Política Econômica, afirmou que “a estabilização de preços mostra que a economia está em fase de recomposição, com capacidade de absorver oscilações externas sem perder o equilíbrio”.
A queda da inflação também abre espaço para possíveis revisões na taxa básica de juros em 2026, o que pode favorecer o crédito, os investimentos e a retomada do setor produtivo. Analistas ressaltam, porém, que esse cenário depende da estabilidade fiscal e da manutenção do câmbio em níveis administráveis.
O mercado financeiro reagiu com cautela, mas reconheceu o resultado como positivo. Para o consumidor, a projeção representa expectativa de alívio gradual nos preços, sobretudo em setores como alimentação, transportes e serviços essenciais.


