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Maxwell Castro: o Médico que Trocou o Consultório Pela Missão de Transformar o Acesso à Saúde no Brasil

Maxwell Castro: o Médico que Trocou o Consultório Pela Missão de Transformar o Acesso à Saúde no Brasil

Maxwell Castro poderia ter seguido uma carreira tradicional como tantos outros médicos bem-sucedidos: atendendo em consultório, construindo uma clientela fiel e mantendo uma rotina estável. No entanto, sua inquietação diante das desigualdades no acesso à saúde o levou por um caminho diferente — e muito mais desafiador. Movido pelo desejo de causar um impacto real e duradouro na vida das pessoas, ele trocou o conforto da prática clínica pela ousadia do empreendedorismo social.

Começando com apenas dois consultórios financiados com recursos próprios, Maxwell deu início a uma jornada que hoje se traduz em uma rede com 29 unidades espalhadas pelo país, atendendo majoritariamente as classes C, D e E. Clínicas, laboratórios, projetos voltados para cirurgias plásticas e fertilização in vitro com preços populares são apenas alguns dos pilares de um ecossistema de saúde que alia qualidade, acessibilidade, inovação e propósito.

Nesta entrevista, ele compartilha os bastidores dessa trajetória inspiradora, fala sobre os principais desafios de escalar um modelo de negócio socialmente responsável e revela como sua formação médica segue sendo a base de todas as decisões — sempre com foco na ética, na excelência e na inclusão. Um exemplo poderoso de como é possível empreender com impacto e transformar o sistema de saúde brasileiro a partir de uma visão humanizada e estratégica.

Maxwell Castro, o que te levou você a sair do consultório e apostar no empreendedorismo como caminho para causar impacto na saúde pública?

O que me motivou a deixar o consultório foi a vontade de ampliar meu impacto na saúde pública de forma mais significativa. Trabalhar apenas no consultório me dava grande satisfação, mas percebi que, para realmente transformar o acesso aos serviços de saúde, era preciso atuar em uma escala maior.

A liberdade de tempo e de espaço proporcionada pelo empreendedorismo me permitiu criar uma rede de clínicas acessíveis, com preços populares, que atendem às classes C, D e E, democratizando o acesso a serviços de alta qualidade. Meu objetivo sempre foi construir um ecossistema de saúde que una inovação, inclusão social e sustentabilidade, levando atendimento de excelência para quem mais precisa, especialmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Como foi o começo da sua jornada como empreendedor, saindo de uma estrutura pequena para liderar uma rede de clínicas e laboratórios?

Comecei com uma clínica de apenas dois consultórios, financiada com recursos próprios, provenientes da minha prática médica. No início, foi um desafio equilibrar custos, manter a qualidade e oferecer preços acessíveis. Cada passo foi pensado para garantir sustentabilidade, como a implementação de processos eficientes, parcerias estratégicas e foco na capacitação da equipe. Com dedicação e uma visão clara do impacto social que queria gerar, consegui expandir aos poucos, trouxe bons colaboradores e consegui delegar boa parte da gestão, ficando mais focado na parte estratégica e de expansão.

Hoje, minha rede conta com 29 unidades de diferentes especialidades médicas, incluindo clínicas odontológicas e laboratórios, atuando em várias regiões do Brasil. Essa trajetória mostrou que, com perseverança e foco na missão social, é possível crescer de forma sustentável e impactar positivamente a vida de milhares de pessoas.

Quais barreiras você enfrentou ao tentar oferecer serviços médicos acessíveis sem abrir mão da qualidade?

Um dos maiores desafios foi equilibrar custos para manter preços acessíveis sem comprometer a qualidade do atendimento. Para isso, investimos em tecnologia, processos padronizados e treinamento contínuo da equipe, garantindo que cada unidade oferecesse um padrão de excelência. Além disso, enfrentamos dificuldades relacionadas à infraestrutura, especialmente em regiões mais remotas, onde a logística e a contratação de profissionais qualificados podem ser mais complexas.

Também tivemos que lidar com a resistência cultural à mudança, tanto por parte de pacientes quanto de profissionais acostumados a modelos tradicionais. No entanto, nossa dedicação à ética, à inovação e ao foco na experiência do paciente nos ajudou a superar esses obstáculos e consolidar uma rede confiável e acessível.

De que forma você consegue manter o equilíbrio entre propósito social e viabilidade financeira no seu modelo de negócio?

A chave está em criar um modelo de negócio que seja sustentável, onde o impacto social seja uma parte integral da estratégia. Investimos em eficiência operacional, buscando reduzir custos sem perder qualidade — por exemplo, por meio de compras centralizadas e tecnologia de ponta. Nosso modelo de negócio é baseado em grandes volumes de atendimentos, o que permite que o profissional médico também seja bem remunerado e valorizado, mantendo um atendimento de qualidade para nossos pacientes e usuários.

Além disso, estabelecemos parcerias com governos e organizações sociais, ampliando o alcance e a sustentabilidade financeira. Nosso foco é sempre oferecer valor ao paciente, garantindo que o serviço seja acessível, de alta qualidade e financeiramente viável para a rede como um todo.

Como foi o processo de expansão para diferentes regiões do Brasil, com realidades tão diversas?

A expansão exigiu uma compreensão profunda das particularidades de cada região. No Nordeste, por exemplo, enfrentamos desafios relacionados à infraestrutura e à cultura local, o que nos levou a adaptar nossos serviços às necessidades específicas de cada comunidade. Investimos em parcerias locais para fortalecer nossa presença e garantir que nossos serviços fossem acessíveis e culturalmente sensíveis. Em regiões mais urbanizadas, como São Paulo e o Distrito Federal, focamos na tecnologia e na agilidade do atendimento, aproveitando a maior disponibilidade de profissionais qualificados.

Cada região apresentou seus próprios obstáculos, como diferenças na infraestrutura, na legislação e na cultura de saúde, mas nossa estratégia foi sempre ouvir as comunidades, entender suas demandas e adaptar nossos modelos de operação para atender às suas expectativas. Essa abordagem personalizada e o compromisso com a qualidade e a acessibilidade foram essenciais para consolidar nossa presença em todo o Brasil, promovendo impacto social e crescimento sustentável.

Você está desenvolvendo projetos voltados para cirurgias plásticas e fertilização in vitro com preços populares. O que te motivou a seguir por esse caminho e quais são os maiores desafios?

Minha motivação para expandir para áreas como cirurgias plásticas e fertilização in vitro com preços acessíveis veio do desejo de democratizar procedimentos que, até então, eram considerados inacessíveis para grande parte da população. Muitas pessoas que sonham em melhorar sua autoestima ou realizar o sonho de ter filhos enfrentam barreiras financeiras enormes, o que limita seu acesso a esses tratamentos. Nosso objetivo é oferecer esses serviços com qualidade, segurança e preços populares, garantindo que mais pessoas possam usufruir desses avanços médicos.

Os maiores desafios nesse caminho incluem garantir a segurança e a qualidade dos procedimentos — que são altamente regulados —, além de lidar com a complexidade logística e com a formação de equipes especializadas em regiões onde esses profissionais ainda são escassos. Também estamos investindo em tecnologia e parcerias para reduzir custos e manter a excelência, além de criar campanhas de conscientização para desmistificar esses procedimentos e ampliar o acesso. Meu objetivo é atingir todos os estados brasileiros com essa expansão.

Sua formação médica ainda influencia suas decisões como empreendedor? De que maneira isso acontece no dia a dia?

Sim, minha formação médica é fundamental na minha atuação como empreendedor. Ela me dá uma compreensão profunda das necessidades dos pacientes, da importância da ética, da segurança e da qualidade no atendimento. No dia a dia, essa formação me ajuda a tomar decisões que priorizam o bem-estar do paciente, mesmo quando enfrentamos desafios financeiros ou logísticos. Por exemplo, ao desenvolver novos serviços ou expandir para novas regiões, sempre avalio se as práticas estão alinhadas com os padrões médicos e éticos, garantindo que a missão social não comprometa a segurança. Além disso, minha experiência clínica me permite entender melhor as demandas do mercado, identificar oportunidades de inovação e criar protocolos que elevem o padrão de atendimento em toda a rede. Essa conexão entre prática médica e gestão é o que garante a credibilidade e o sucesso do nosso modelo de negócio.

Por exemplo, ao desenvolver novos serviços ou expandir para novas regiões, sempre avalio se as práticas estão alinhadas com os padrões médicos e éticos, garantindo que a missão social não comprometa a segurança. Além disso, minha experiência clínica me permite entender melhor as demandas do mercado, identificar oportunidades de inovação e criar protocolos que elevem o padrão de atendimento em toda a rede. Essa conexão entre prática médica e gestão é o que garante a credibilidade e o sucesso do nosso modelo de negócio.

Que conselho você daria para profissionais da saúde que têm vontade de empreender, mas ainda se sentem presos à prática tradicional?

Eu diria que o primeiro passo é ter coragem de sair da zona de conforto e ambição de alcançar um patamar superior. A medicina tradicional de atendimento tem um teto de crescimento, já que o profissional vende horas de trabalho. Ao empreender, podemos escalar e expandir sem limites — e ainda ter liberdade de tempo e lazer. O empreendedorismo na área da saúde não precisa ser assustador; comece com passos pequenos, como oferecer serviços diferenciados, investir em tecnologia ou criar parcerias estratégicas. É importante também entender o mercado, estudar as necessidades da sua comunidade e buscar soluções que possam ampliar o acesso e a qualidade do atendimento. Não tenha medo de inovar, de pensar fora da caixa e de desafiar o modelo tradicional. Além disso, esteja aberto a aprender, buscar mentores e participar de redes de inovação na saúde, pois isso pode acelerar seu crescimento e abrir novas oportunidades.

É importante também entender o mercado, estudar as necessidades da sua comunidade e buscar soluções que possam ampliar o acesso e a qualidade do atendimento. Não tenha medo de inovar, de pensar fora da caixa e de desafiar o modelo tradicional. Além disso, esteja aberto a aprender, buscar mentores e participar de redes de inovação na saúde, pois isso pode acelerar seu crescimento e abrir novas oportunidades.

Ao longo desta conversa, fica evidente que Maxwell Castro não é apenas um médico ou empreendedor — é um agente de transformação social. Sua trajetória mostra que é possível romper com modelos tradicionais, inovar com responsabilidade e, acima de tudo, manter o propósito como guia em cada decisão. Ao democratizar o acesso à saúde de qualidade, ele prova que impacto social e viabilidade econômica podem — e devem — caminhar juntos.

Maxwell encerra sua fala com a mesma convicção que o impulsionou desde o início: “A saúde não pode ser um privilégio. Ela precisa ser um direito real, acessível e digno para todos.” Com essa visão, ele continua avançando, expandindo fronteiras e inspirando uma nova geração de profissionais da saúde a empreenderem com consciência, coragem e compromisso com o coletivo.

 

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