O Brasil passa a contar, a partir de setembro de 2025, com novas dosagens do Mounjaro (tirzepatida), medicamento da farmacêutica Eli Lilly que se tornou uma das maiores apostas no tratamento de diabetes tipo 2, sobrepeso com comorbidades e obesidade.
As concentrações de 7,5 mg e 10 mg começam a ser vendidas gradualmente em farmácias de todo o país, ampliando o leque de opções já disponíveis nas versões de 2,5 mg e 5 mg. A novidade promete maior flexibilidade para médicos e pacientes ajustarem o tratamento conforme a resposta clínica e a necessidade individual.
Preços variam de R$ 2,6 mil a R$ 3,6 mil
Cada caixa do Mounjaro contém quatro canetas autoinjetoras, usadas semanalmente, e corresponde a um mês de tratamento.
No Brasil, os preços variam conforme o canal de compra e a participação no programa “Lilly Melhor Para Você”:
R$ 2.599 a R$ 2.999 no e-commerce do programa.
R$ 2.699 a R$ 3.099 em farmácias credenciadas ao mesmo programa.
R$ 3.175 a R$ 3.645 fora do programa de desconto, valor de tabela.
Os preços elevados colocam o Mounjaro entre os medicamentos mais caros da atualidade, mas a adesão continua crescendo, principalmente entre pacientes que não obtiveram resultado satisfatório com outros protocolos.
Benefícios e cautelas
Estudos clínicos indicam que a tirzepatida pode oferecer controle mais eficaz da glicemia em diabéticos tipo 2 e favorecer a redução de peso em pacientes obesos. Além disso, os novos níveis de dosagem permitem intensificar o tratamento de forma progressiva, sem a necessidade imediata de recorrer a doses muito altas.
Por outro lado, especialistas alertam que o uso deve ser sempre prescrito e acompanhado por médicos, já que os efeitos colaterais podem incluir náuseas, vômitos e desconfortos gastrointestinais. O medicamento não está liberado para uso indiscriminado com fins estéticos.
O que esperar daqui para frente
A chegada das novas doses reforça o movimento de expansão dos medicamentos da classe dos agonistas duais de GLP-1 e GIP, que vêm revolucionando a forma como médicos tratam o diabetes e a obesidade. Ainda não há previsão para a versão de 15 mg no Brasil, já aprovada em outros países.
Enquanto isso, o debate continua: de um lado, pacientes celebram a chegada de mais opções; de outro, os altos preços levantam a discussão sobre acessibilidade e impacto econômico no sistema de saúde.


