Uma mulher de 45 anos sofreu a ruptura da aorta a principal artéria do corpo humano logo após atingir o orgasmo durante uma relação sexual. O caso, considerado extremamente raro, foi relatado recentemente em um periódico médico internacional e reacende o alerta sobre riscos cardiovasculares ocultos que podem se manifestar de forma abrupta.
De acordo com os médicos responsáveis, a paciente deu entrada no hospital com dores intensas no peito, falta de ar e sudorese. Os primeiros sinais sugeriam um infarto, mas exames de imagem revelaram uma dissecção aguda da aorta uma condição grave em que há uma ruptura na parede da artéria, levando a um sangramento interno potencialmente fatal.
Segundo o cardiologista Dr. Daniel Magnoni, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica do Hospital do Coração (HCor), casos como esse envolvem um aumento repentino da pressão arterial:
“Durante o orgasmo, há liberação de adrenalina, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Se a pessoa tiver uma fragilidade pré-existente na parede da aorta, esse pico pode levar à ruptura”, explica.
Ainda segundo os especialistas, a paciente não sabia que era hipertensa, e o quadro foi agravado pela ausência de diagnóstico prévio. Após cirurgia de emergência, ela segue em recuperação, mas o caso reforça a necessidade de exames de rotina, mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis.
Dr. Magnoni alerta ainda para o risco silencioso da hipertensão arterial, uma condição que atinge cerca de 30% da população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde:
“É uma doença silenciosa, que pode evoluir por anos sem sintomas. Por isso, o diagnóstico precoce e o controle da pressão são essenciais para prevenir tragédias como essa.”
Embora extremamente raros, episódios como esse servem de alerta sobre a importância de manter a saúde cardiovascular em dia, especialmente para pessoas acima dos 40 anos. Alimentação equilibrada, prática de exercícios, controle do estresse e consultas médicas regulares são fundamentais para a prevenção de doenças graves e inesperadas.


