PUBLICIDADE

O Hospital do Futuro Já é Realidade — e Começou na China

Universidade de Tsinghua inaugura o primeiro hospital 100% operado por inteligência artificial. A tecnologia promete revolucionar o atendimento médico, mas ainda levanta questionamentos.

Pequim deu um passo ousado rumo ao futuro da medicina. No dia 26 de abril de 2025, a Universidade de Tsinghua, uma das instituições mais prestigiadas da China, inaugurou o Agent Hospital — o primeiro hospital do mundo operado inteiramente por inteligência artificial, sem a presença de médicos ou enfermeiros humanos.

Desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa da Indústria de IA (AIR), o projeto une alta tecnologia, automação e ciência de dados para criar um modelo de atendimento médico que promete ser mais ágil, acessível e eficiente. A estrutura conta com 14 médicos virtuais e 4 enfermeiros virtuais, todos alimentados por sistemas de inteligência artificial de última geração, capazes de realizar até 3.000 atendimentos diários com uma precisão de diagnóstico de 93,06%.

Tecnologia a serviço da saúde

O Agent Hospital funciona por meio de interações digitais. Pacientes são atendidos por avatares controlados por IA, que avaliam sintomas, solicitam exames, interpretam resultados e sugerem tratamentos. Os algoritmos foram treinados com milhões de casos clínicos e seguem protocolos médicos internacionalmente reconhecidos.

De acordo com os responsáveis pelo projeto, o objetivo é enfrentar problemas comuns a sistemas de saúde no mundo inteiro: superlotação, escassez de profissionais e altos custos operacionais. Além disso, o modelo tem potencial para levar atendimento médico de qualidade a regiões remotas, onde o acesso a especialistas é limitado.

Mas e o fator humano?

Apesar da inovação, o hospital 100% automatizado levanta debates importantes. Especialistas em ética médica questionam a ausência do contato humano no atendimento, a privacidade dos dados dos pacientes e os limites da atuação de uma IA em decisões clínicas complexas.

“É um avanço impressionante, mas não substitui completamente a sensibilidade, empatia e julgamento clínico de um profissional experiente”, alerta a médica e bioeticista Li Wen, da Universidade de Xangai.

Ainda assim, o Agent Hospital representa um marco histórico. Ele mostra que o futuro da medicina está cada vez mais interligado à tecnologia — e que, em breve, robôs e algoritmos poderão dividir espaço com humanos nos hospitais ao redor do mundo.

Leia mais

Últimas

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

plugins premium WordPress