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Pâncreas Pode Produzir O Mesmo Hormônio De Remédios Como Ozempic e Mounjaro, Revela Estudo

Uma descoberta recente está chamando a atenção da comunidade científica e reacendendo debates sobre tratamentos para obesidade e diabetes tipo 2. Pesquisadores da Universidade de Yale identificaram que o próprio pâncreas humano é capaz de produzir um hormônio muito semelhante aos utilizados em medicamentos famosos como Ozempic e Mounjaro ambos baseados em análogos do GLP-1 e GIP, substâncias que regulam saciedade, glicemia e metabolismo.

O estudo analisou amostras pancreáticas e observou que células específicas, antes pouco exploradas, podem liberar um peptídeo que imita a ação do GLP-1 natural. Esse hormônio, quando secretado em níveis adequados, auxilia na liberação de insulina, no controle da fome e na desaceleração do esvaziamento gástrico os mesmos efeitos que tornaram Ozempic e Mounjaro líderes mundiais em terapias metabólicas.

A endocrinologista Dra. Helena Bortolini, pesquisadora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que a descoberta não significa que o corpo vá substituir os medicamentos, mas revela um potencial ainda pouco compreendido. “O pâncreas tem a capacidade de produzir moléculas muito próximas às usadas nos tratamentos atuais. O problema é que, em pacientes com resistência à insulina ou obesidade, essa produção costuma estar reduzida ou ineficiente”, afirma.

Segundo os pesquisadores, compreender como estimular naturalmente esse hormônio pode abrir portas para novos tratamentos, menos invasivos e possivelmente com menos efeitos colaterais. Há hipóteses de que hábitos como melhora do sono, alimentação rica em fibras e prática regular de exercícios possam favorecer a resposta pancreática mas ainda não há consenso científico.

O endocrinologista Dr. Victor Naves reforça que, apesar do avanço, os medicamentos não devem ser substituídos. “Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Zepbound têm ação potente e prolongada, muito superior ao GLP-1 natural. A descoberta nos ajuda a entender melhor a fisiologia, mas não elimina a necessidade dos remédios para quem precisa deles”, explica.

O estudo agora avança para novas fases em humanos, com o objetivo de identificar formas seguras de estimular a produção endógena do hormônio. Se os resultados forem positivos, especialistas acreditam que o futuro dos tratamentos para obesidade pode combinar medicamentos com estímulos naturais ao pâncreas abrindo caminho para terapias mais personalizadas e eficientes.

A pesquisa reforça uma tendência crescente na medicina metabólica: usar o que o corpo já faz, mas de forma potencializada e estratégica.

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