A Polícia Civil do Estado de São Paulo realiza nesta terça-feira (14) uma operação para desarticular uma rede criminosa envolvida na produção e comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica ao consumo humano.
Ao todo, 150 policiais civis cumprem 20 mandados de busca e apreensão em oito municípios paulistas. Sete deles na capital e os demais em Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.
O objetivo é apreender produtos, maquinários, insumos e documentos relacionados à fabricação irregular das bebidas, além de celulares e outros objetos que possam contribuir para o avanço das investigações.
Casos de intoxicação em alta
De acordo com boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira (13), o país soma 213 notificações de intoxicação por metanol, sendo 32 casos confirmados e 181 ainda sob investigação. Outras 320 ocorrências foram descartadas.
Entre os casos confirmados, São Paulo registra 28, seguido do Paraná (3) e Rio Grande do Sul (1). O estado paulista também concentra o maior número de investigações em andamento, com 100 registros ativos.
Operação “Poison Source”
Batizada de Operação Poison Source – Fonte do Veneno, a ação é coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos (Divecar).
Segundo a delegada Leslie Caran Petrus, responsável pela operação, as apurações começaram a partir de um flagrante ocorrido há cerca de 10 dias, quando um dos maiores fornecedores de bebidas falsificadas do país foi preso.
“Nos imóveis ligados a ele, encontramos milhares de itens utilizados nas falsificações. Ele vendia garrafas com rótulos e lacres intactos, praticamente impossíveis de identificar. Depois rastreamos quem comprou esses produtos, e estamos cumprindo os mandados hoje”, explicou a delegada.
As investigações seguem sob segredo de Justiça, e os resultados da operação devem ser divulgados ao longo do dia.
