Uma dúvida que circula com frequência nas redes sociais voltou a ganhar força nos últimos dias: as pupilas realmente se expandem quando olhamos para alguém que amamos? A afirmação parece saída de uma cena de cinema romântico, mas a ciência confirma em parte que isso pode acontecer, sim.
Segundo especialistas em neurociência e oftalmologia, a pupila, pequena abertura no centro dos olhos responsável por controlar a quantidade de luz que entra, não reage apenas ao ambiente, mas também ao estado emocional.
Quando uma pessoa se depara com estímulos positivos como alguém que admira, deseja ou ama o sistema nervoso autônomo pode ativar uma resposta involuntária, fazendo a pupila dilatar levemente.
A neurocientista brasileira Dra. Mariana Alves, pesquisadora da área de comportamento visual, explica que a dilatação ocorre por influência da liberação de neurotransmissores associados ao prazer e à excitação emocional. “Quando estamos diante de alguém que nos desperta afeto ou atração, o organismo libera dopamina e noradrenalina, substâncias que podem promover uma leve dilatação pupilar”, afirma.
No entanto, os especialistas alertam que não é possível usar esse fenômeno como um teste definitivo de amor. As pupilas podem mudar de tamanho por diversos motivos: alterações de luminosidade, ansiedade, medo, uso de medicamentos, consumo de álcool ou simplesmente por interesse visual em algo novo.
O oftalmologista Dr. Leandro Torres reforça que essas variações são naturais e difíceis de interpretar fora de um contexto clínico. “A pupila é sensível a muitos estímulos. Ela pode se dilatar quando estamos animados, quando sentimos frio, quando estamos surpresos… então nunca deve ser usada como ‘prova’ de sentimento.”
Mesmo assim, pesquisas acadêmicas mostram que, em relacionamentos românticos, as pupilas tendem a responder de maneira mais intensa em momentos de conexão emocional, como durante olhares prolongados ou conversas íntimas.
No fim das contas, a resposta passa longe de ser um “fake”:
é verdade que as pupilas podem se expandir quando você olha para alguém que ama mas isso não é uma regra nem um indicador exclusivo de sentimentos. É apenas uma das muitas reações sutis do corpo humano ao afeto.
