Uma pesquisa recente revelou que 90% dos brasileiros estão preocupados com os impactos das redes sociais na vida dos jovens. O levantamento, realizado em todo o país, mostra que o uso excessivo de plataformas digitais como Instagram, TikTok e X (antigo Twitter) levanta sérias preocupações entre pais, educadores e especialistas em saúde mental.
Entre os principais motivos citados estão a exposição precoce a conteúdos impróprios, a pressão por padrões irreais de beleza, o risco de cyberbullying e os efeitos sobre a autoestima. Além disso, muitos entrevistados apontam a dificuldade dos jovens em estabelecer relações sociais fora do ambiente digital como um sinal de alerta.
“A saúde mental dos adolescentes está sendo diretamente afetada. O tempo de tela aumentou, enquanto o convívio familiar e o desempenho escolar têm caído”, afirma a psicóloga e educadora Ana Paula Ribeiro. Ela destaca que o problema não está nas redes em si, mas na forma como são utilizadas.
Segundo os dados, a preocupação é maior entre os pais de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos. Muitos relatam dificuldade em controlar o tempo de uso e em acompanhar o tipo de conteúdo acessado. Para especialistas, o diálogo e a educação digital são os caminhos mais eficazes para lidar com o problema.
O debate sobre o papel das redes sociais na formação dos jovens vem ganhando força também no cenário político, com propostas que vão desde campanhas de conscientização até possíveis regulamentações sobre o uso dessas plataformas por menores de idade.
A pesquisa reforça a necessidade de uma reflexão coletiva sobre os limites e responsabilidades no ambiente digital, especialmente quando se trata da geração mais jovem.
