Muito além dos museus, das praias e da arquitetura histórica, a Espanha está colhendo frutos bilionários com o que coloca à mesa. De acordo com dados recentes divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio e Turismo espanhol, o país movimentou cerca de R$15,6 bilhões apenas com o turismo gastronômico no último ano um recorde que confirma o apetite do mundo pelos sabores ibéricos.
A explosão no setor é resultado de uma estratégia inteligente: valorizar a culinária tradicional e contemporânea como patrimônio cultural e atrativo turístico. Regiões como a Catalunha, o País Basco e a Andaluzia recebem milhares de visitantes interessados em experiências que vão muito além do paladar são viagens sensoriais completas, que envolvem desde visitas a mercados locais até aulas de culinária e roteiros de vinhos.
Segundo especialistas do setor, a crescente busca por experiências autênticas e ligadas à cultura local transformou o turismo gastronômico em um dos pilares da economia espanhola. Restaurantes estrelados, festivais regionais, rotas de tapas e azeites artesanais atraem viajantes de todo o mundo, especialmente da França, Alemanha, Estados Unidos e, mais recentemente, do Brasil.
O fenômeno também aquece outros setores: hotéis, transportes, agricultura, vinícolas e pequenos produtores locais se beneficiam diretamente do aumento da demanda. A previsão é de que esse tipo de turismo continue crescendo nos próximos anos, especialmente com a volta definitiva das viagens internacionais pós-pandemia.
Em tempos de globalização dos sabores, a Espanha mostra que investir na própria identidade culinária é também uma poderosa ferramenta de desenvolvimento econômico e valorização cultural.
