Dra. Thalita Merluzzi destaca o papel da conscientização para salvar vidas
Setembro é marcado por uma campanha de extrema relevância para a saúde pública: o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos. A data convida a sociedade a refletir sobre solidariedade, empatia e a possibilidade de transformar a dor em esperança para milhares de pessoas que aguardam na fila por um transplante.
Doação de órgãos no Brasil
De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil possui um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo, realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda assim, a fila de espera permanece extensa: mais de 65 mil pacientes aguardam por um órgão ou tecido. A principal barreira não é a falta de tecnologia ou estrutura, mas a ausência de autorização familiar no momento da decisão.
A palavra da especialista
Para a Dra. Thalita Merluzzi, médica cardiologista e transplantadora do Hospital Albert Einstein, a conscientização é fundamental.
“A decisão de doar é um gesto de amor ao próximo que ultrapassa gerações. Muitas vezes, as famílias não sabem a vontade do ente querido e acabam optando por não autorizar. Conversar sobre o tema em vida é a melhor forma de garantir que a solidariedade prevaleça no momento da despedida.”
A importância da conversa em família
Um ponto central da campanha é incentivar que cada pessoa manifeste sua vontade aos familiares. No Brasil, a autorização para a doação só é possível mediante consentimento da família, independentemente de documentos prévios. Por isso, falar sobre o tema é tão importante quanto a decisão em si.
Transplantes que transformam vidas
A doação de um único doador pode beneficiar até dez pessoas, dependendo da viabilidade dos órgãos e tecidos. Coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas e até ossos podem ser destinados a pacientes que, muitas vezes, não têm outra alternativa de tratamento.
“Cada transplante realizado não é apenas um procedimento médico, mas uma nova oportunidade de vida. É o resultado da coragem de uma família que decidiu transformar sua dor em esperança para outros”, reforça a Dra. Thalita.
O Setembro Verde é um convite à empatia. Conversar sobre a doação de órgãos, manifestar a decisão à família e compreender o impacto desse gesto pode ser o primeiro passo para reduzir a fila de espera e salvar milhares de vidas.
Fonte:
Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) – www.abto.org.br


