Em decisão divulgada nesta segunda-feira, 24 de novembro, o Supremo Tribunal Federal manteve por unanimidade a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, após constatação de violação no monitoramento por tornozeleira eletrônica e indícios de tentativa de fuga.
Os quatro ministros da Primeira Turma – Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino – entenderam que houve descumprimento das condições impostas na prisão domiciliar, o que caracterizaria risco de obstrução da justiça. O voto de Moraes destacou que a convocação de apoiadores e a suposta manipulação do equipamento de segurança sinalizam “conduta incompatível com o cumprimento das medidas cautelares”.
Com a decisão, Bolsonaro permanecerá sob custódia e poderá ser transferido para unidade prisional definida pelo Judiciário. A defesa alegou que os danos no aparelho teriam sido acidentais, mas os argumentos não foram acolhidos pelo tribunal.
A manutenção da prisão reforça a linha de atuação do STF em processos de alta relevância institucional. Especialistas avaliam que o caso deve ter repercussão política e jurídica, sobretudo diante da proximidade com o calendário eleitoral.


