Na noite entre os dias 7 e 8 de setembro, o céu reserva um espetáculo raro e imperdível: o eclipse lunar total mais longo de 2025, conhecido popularmente como superlua de sangue. O fenômeno poderá ser observado a olho nu por bilhões de pessoas ao redor do mundo, transformando a Lua em um disco avermelhado de intensa beleza.
O termo “superlua” é utilizado quando a Lua cheia ocorre no ponto de maior aproximação com a Terra, o chamado perigeu. Nessa posição, o satélite natural pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que o habitual. Já a tonalidade avermelhada surge devido à dispersão da luz solar na atmosfera terrestre, o mesmo efeito que colore o céu durante o pôr do sol.
Segundo o astrônomo brasileiro Dr. Marcelo Gleiser, professor de física e astronomia no Dartmouth College, “um eclipse lunar total sempre chama a atenção, mas quando coincide com a superlua, a experiência se torna ainda mais impactante, porque une ciência, beleza e raridade em um mesmo momento”.
O fenômeno terá início na noite de domingo (7), atingirá seu ápice na madrugada de segunda-feira (8) e poderá ser acompanhado em praticamente todos os continentes, com maior visibilidade na América do Sul, Europa e África. Não será necessário nenhum equipamento especial para observá-lo, embora telescópios e binóculos possam oferecer uma visão ainda mais detalhada da superfície lunar.
Especialistas recomendam buscar locais abertos, longe da poluição luminosa das cidades, para contemplar o eclipse em sua plenitude. Além do espetáculo visual, o evento também desperta interesse cultural e espiritual em várias tradições, que associam a “lua de sangue” a transformações e ciclos de renovação.
Para quem aprecia os mistérios do céu, esta será uma oportunidade única de testemunhar um dos eventos astronômicos mais marcantes do ano.


