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Violência de Gênero Atinge Quase 1 em Cada 3 Mulheres no Mundo, Aponta Novo Levantamento

Um alarmante relatório global aponta que quase 1 em cada 3 mulheres sofrerá violência de gênero ao longo da vida, segundo dados de organizações de direitos humanos que acompanham a prevalência de agressões física, psicológica, sexual e moral.

Para a renomada jurista Gabriela Manssur, especialista brasileira em violência contra a mulher, esse número revela a profundidade de um problema estrutural. Manssur, promotora de justiça e referência nacional no enfrentamento à violência de gênero, explica:

“Esses dados não são apenas alarmantes, são uma convocação para a sociedade e para o Estado reforçarem políticas públicas de proteção, acolhimento e reeducação de agressores.” 

Gabriela Manssur também coordena projetos de ressocialização para agressores e atuou em centenas de casos de violência doméstica, o que dá peso às suas críticas sobre a precariedade do sistema de apoio às vítimas. 

O levantamento ressalta que boa parte das agressões ocorre dentro de relacionamentos íntimos: parceiros atuais ou ex-companheiros são comumente os agressores. Além disso, as formas de violência têm se diversificado, com o aumento de casos de abusos no ambiente digital, como perseguição virtual, exposição íntima e controle em redes sociais.

Para a acadêmica Rita Laura Segato, antropóloga feminista famosa por suas pesquisas sobre violência de gênero, “a persistência desses índices reflete não apenas a desigualdade de poder entre homens e mulheres, mas também a necessidade urgente de repensar normas culturais, legais e institucionais que perpetuam a violência”. 

Especialistas defendem medidas combinadas para reverter esse quadro:

  • Fortalecimento de leis protetivas e maior aplicação da Lei Maria da Penha;

  • Investimento em serviços de acolhimento psicológico e redes de apoio para vítimas;

  • Educação para igualdade de gênero já nas escolas;

  • Programas de reeducação para agressores;

  • Maior capacitação de profissionais policiais, peritos, assistentes sociais para lidar com casos de violência de gênero.

Além disso, é essencial que a denúncia seja facilitada: delegacias especializadas, linhas de atendimento e centros de apoio devem estar amplamente acessíveis. A denúncia, combinada a políticas estruturais, continua sendo um passo fundamental para quebrar o ciclo da violência.

A conclusão é clara: esses dados não servem apenas para chocar servem como um chamado urgente para a mobilização coletiva. A violência de gênero não é um problema individual, mas social, e sua erradicação exige ação coordenada entre Estado, sociedade civil e instituições educacionais.

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